A contraofensiva neoliberal, que promoveu golpes como no Brasil, contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, e que promove perseguição jurídica para inviabilizar o retorno de lideranças progressistas foi pauta de uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (16) em Cuba.
Eles denunciaram o lawfare como tática para impedir que lideranças progressistas voltem o poder. Gabriela Rivadeneira, deputada Equador; Jorge Taiana, ex-chanceler de Cristina Kirchner; Nídia Diaz, deputada da Frente Farabundo Martin de Libertação Nacional de El Salvador participaram da coletiva. A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, falou sobre o golpe parlamentar de 2016 e sobre a prisão política de Lula, como exemplos do que ocorre na América Latina.
“Estamos denunciando o que acontece no Brasil, em El Salvador, no Paraguai, Equador, Argentina que depois do golpe quando retiram as lideranças progressistas – e no caso do Brasil foi explícito o que fizeram com Dilma -eles usam do lawfare para impedir as lideranças de voltar a governar. É um verdadeiro atentado à democracia e ainda tentam normalizar esse tipo de intervenção feita por instituições constitucionais mas que têm lado político”, afirmou Gleisi durante a entrevista.
Gleisi citou a prisão política de Lula como um dos exemplos, citando também a perseguição à Cristina Kirchner, Rafael Correa, Vanda Pignato, ex-primeira-dama de El Salvador Vanda Pignato, presa dentro de um hospital onde passar por um tratamento de câncer, dentre outros.
“Eles querem impor a política neoliberal, que sequer a população aceita. Não cabe política neoliberal em países com tanta desigualdade e pessoas em situação de pobreza extrema”, declarou Gleisi, reforçando a importância do Foro de São Paulo e da cobertura do encontro por veículos progressistas para tentar dar luz aos casos citados.
Solidariedade internacional
Lideranças de todo o mundo, de vários setores de atuação, políticas e de movimentos sociais estão, desde a condenação arbitrária de Lula tem se manifestado e denunciado a prisão política do ex-presidente. Além de uma carta de apoio que será divulgada ao final do Foro em Cuba, muitos chegaram a ir até a Vigília, em Curitiba, manifestar seu apoio.
Gleisi reiterou que a solidariedade internacional tem sido crucial para ajudar a divulgar os absurdos da prisão política, além da prática do lawfare contra Lula e também contra os outros líderes latinos. De acordo com ela, tudo que a imprensa brasileira – comandada pela Globo – se nega a divulgar, os espaços internacionais tem ajudado a “furar a bolha”.
“Com certeza essas manifestações internacionais encontram apoio entre a população brasileira, assim como a de juristas mundialmente conhecidos que também tem denunciado o caso do Brasil. Aqui no Foro temos um evento com quase 50o delegados, movimentos sociais e com certeza terá um peso grande”, afirmou.
Da Redação da Agência PT de Notícias