Partido dos Trabalhadores

Governo Lula age para conter queimadas e socorrer população do Amazonas

Estado do Amazonas sofre com forte seca e registou aumento de focos de calor nas últimas semanas. Ações vão desde o combate ao fogo até a distribuição de alimentos

José Cruz/Agência Brasil

Marina Silva: “Mesmo com a redução de 64% do desmatamento no estado do Amazonas, nós ainda temos uma situação de bastante dificuldade. Imaginem se tivéssemos mantido o padrão que tínhamos no ano passado”

O governo Lula tomou uma série de medidas para conter as queimadas e socorrer a população do estado do Amazonas, que enfrenta uma forte estiagem e registrou um aumento abrupto de focos de calor nas últimas semanas, após dois meses seguidos de queda. 

As ações foram anunciadas, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (13), pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (assista no fim da matéria).

“As medidas estão sendo tomadas em várias frentes: humanitária, de  saúde, de atendimento logístico, de dragagem de rios para resolver problemas de navegabilidade e no combate aos incêndios”, citou Marina Silva, acrescentando que há ações também nos estados de Mato Grosso, Maranhão, Piauí e Tocantins.

De acordo com a ministra, no combate às queimadas, o governo federal atua em parceria com os estados, reforçando as equipes de combate ao fogo (só para o Amazonas, foram enviados mais de 300 brigadistas) e fornecendo especialistas para o planejamento das ações. “Combater fogo requer muita competência técnica, persistência e capacidade de atuar em situação de risco”, salientou.

Marina explicou que o aumento das queimadas nos últimos dias se deve a uma combinação de três fatores: a grande estiagem provocada pelo fenômeno climático El Niño, o mais grave já visto na história; a grande quantidade de matéria orgânica ressecada; e o ateamento de fogo feito de forma criminosa.

“Não há fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo”, esclareceu a ministra, informando que medidas de fiscalização também estão sendo adotadas.

Prevenção evitou cenário pior

O ministro Waldez Góes afirmou que a resposta que o governo está dando neste momento só foi possível porque houve planejamento e política de prevenção, inclusive com a contratação prévia de equipes que podem ser agora mobilizadas. “A política de prevenção no Brasil foi abandonada nos últimos seis anos”, lamentou.

Os números do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o trabalho de prevenção surtiu efeito. De janeiro a setembro, os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 49,4%, chegando ao menor número desde 2017. Quando se observa só o estado do Amazonas, a redução no desmatamento foi ainda maior no mesmo período: 64,4%.

Da mesma forma, caíram também os focos de calor (pontos de queimada). De 1º de janeiro a 12 de outubro, foram registrados 126.438 focos em todo o país, o menor número dos últimos cinco anos, com queda de 22% em relação a 2022.

Já na Amazônia, foram 66.591 focos de calor até 12 de outubro, o que representou uma queda de 29,6% em relação ao mesmo período de 2022. O único aumento registrado foi este agora, especificamente no estado do Amazonas, com 2.704 focos em apenas 12 dias. 

Por isso, o governo Lula acionou suas equipes de resposta para impedir que a situação se agrave ainda mais e definiu ações de socorro à população que sofre com a seca, incluindo distribuição de alimentos.

“Mesmo com a redução de 64% do desmatamento no estado do Amazonas, nós ainda temos uma situação de bastante dificuldade. Imaginem se tivéssemos mantido o padrão que tínhamos no ano passado”, ressaltou Marina Silva.

Da Redação