Partido dos Trabalhadores

Governos do PT valorizaram trabalhadores da educação

Criado no Governo Lula, Piso Nacional de Educação foi uma das principais conquistas dos professores. Avanços começaram com redefinição do orçamento federal para o setor

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Legado do PT na educação

Sob ameaça de revogação parcial pelo desgoverno Bolsonaro, a Lei nº 11.738/2008, que criou o Piso Nacional de Educação, é uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores do setor durante os governos de Lula e de Dilma – mas não a única. Nos 13 anos em que esteve à frente do governo federal, o Partido dos Trabalhadores priorizou a valorização da Educação e dos professores e professoras em diversas frentes.

O ponto de partida foi a adoção de um novo padrão de financiamento e novos instrumentos de parceria federativa, para que se pudesse implantar uma política inclusiva na educação. O orçamento do Ministério da Educação (MEC) triplicou, passando de R$ 49,3 bilhões, em 2002, para R$ 151,7 bilhões em 2015. No Governo Dilma, os investimentos na área superaram em R$ 54 bilhões o piso constitucional.

Algumas alterações institucionais foram importantes para esse novo padrão de financiamento. Em 2006, a Constituição foi alterada para criar o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que assegurou recursos para todos os níveis de ensino e elevou os repasses da União para estados e municípios vinculados às matrículas da educação básica.

Em 2006, os repasses do então existente Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) haviam sido de R$ 988 milhões. Em 2007, início da implementação do Fundeb, os repasses cresceram para R$ 3,9 bilhões, chegando a R$ 15,98 bilhões em 2015.

Em 2009, foi aprovada emenda constitucional reduzindo o percentual da Desvinculação de Receitas da União (DRU) incidente sobre recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino até sua extinção, em 2011.

Em 2010 foi promulgada a lei 12.351, que dispõe sobre o regime de exploração do petróleo no pré-sal e cria o Fundo Social para gerir esses recursos. Em 2013, a lei 12.858 determina que 75% dos royalties do petróleo do pré-sal devem ser destinados à educação e os outros 25% para saúde.

Em 2008, Lula sancionou a lei criando o piso nacional para os professores da educação básica. Além de definir um salário mínimo a ser pago, em qualquer lugar do Brasil, por uma jornada de 40 horas semanais, a lei também reserva uma parte da jornada para que o profissional planeje e prepare aulas, estude e corrija avaliações. Em 2009, o primeiro piso foi fixado em R$ 950, crescendo 42% acima da inflação até 2016.

Com Lula e Dilma, o piso salarial nacional aumentou 78,7%, com ganho real de 35,5%. O piso salarial da categoria passou de R$ 950, em 2009, R$ 1.024,67, em 2010, e R$ 1.187,14, em 2011, para R$ 1.451, em 2012. Em 2013, chegou a R$ 1.567, até ser atualizado para R$ 1.697,39, em 2014.

Investimentos em mais qualificação para os docentes

Em 2007, parte expressiva dos professores e das professoras de educação básica não tinha formação superior. O número chegava a 300 mil docentes em todo o país. Entre as várias medidas adotadas para mudar esse quadro está o Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). Entre 2009 e 2015, foram implantadas 2.463 turmas, em 497 municípios de 24 estados. Nesse período, o Parfor atendeu professores oriundos de 2.611 municípios.

Já o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) oferece bolsas para alunos de cursos de licenciatura desenvolverem atividades pedagógicas em escolas públicas. Entre 2009 e 2015, o número de bolsas cresceu de 13.694 para 90.247, beneficiando 72.840 alunos de licenciaturas e 11.716 professores da educação básica da rede pública de ensino. Em 2015, estavam envolvidas no PIBID 282 instituições de ensino superior e 6.055 escolas de educação básica.

Criada em 2006, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um sistema integrado por instituições públicas de ensino superior com o objetivo de oferecer formação inicial e continuada de professores da educação básica. Até 2015, o Sistema UAB ofereceu 730 mil vagas, chegando a 130 mil formados. Em 2015, era integrado por 104 instituições, 645 polos ativos e mais de 173 mil alunos matriculados, oferecendo 785 cursos de licenciatura, bacharelado, tecnologia e pós-graduação lato e stricto sensu.

A partir do golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, toda essa estrutura vem sendo desmontada – pelo usurpador Michel Temer e, agora, por Jair Bolsonaro, que avança contra a lei para cancelar o reajuste salarial de professores e professoras.

Da Redação