A política de devastação do meio ambiente protagonizada pelo desgoverno Jair Bolsonaro foi alvo nesta sexta-feira 20 da maior mobilização já realizada até hoje. Não porque pessoas do mundo inteiro saíram às ruas contra Bolsonaro especificamente, mas em defesa do meio ambiente e da floresta amazônica, o que coloca em contradição as políticas do governo brasileiro.
A chamada Greve Geral pelo Clima, ou Climate Strike, em inglês, reuniu milhões de pessoas, especialmente jovens estudantes, em pelo menos 150 países. Multidões se reuniram para exigir ações imediatas contra as mudanças climáticas e frear as emissões de gases causadores do efeito estufa.
A Greve pelo Clima é inspirada no movimento Fridays For Future (Sextas-feiras Pelo Futuro, em português), criado por Greta Thunberg, adolescente sueca de 16 anos. Desde o ano passado, ela falta às aulas todas as sextas-feiras para protestar diante do parlamento da Suécia pelo clima. A ação ganhou comoção popular e passou a ser reproduzida por estudantes de outros países.
As mobilizações ocorrem em um momento em que a atenção mundial está voltada para o Brasil, devido às queimadas no território amazônico e as respostas do governo brasileiro frente a tal cenário. Somente no mês de agosto, a região foi devastada por 30.901 focos ativos de fogo, um aumento de 196% em relação a julho.
Justamente neste dia, o The Intercept revelou documentos que revelam o plano de Bolsonaro para a exploração selvagem da Amazônia. O ato também dá o tom de como o presidente brasileiro pode ser recebido em Nova York, onde participará da Assembleia Geral da ONU, na semana que vem. O Brasil já foi vetado de participar da Conferência do Clima que acontece na véspera.
Por Brasil 247