Depois de encerrarem uma greve de fome de 26 dias, neste sábado (25), os militantes de movimentos populares que realizaram o protesto voltaram a seus estados de origem e foram calorosamente recebidos por familiares, amigos e companheiros de luta.
Na manhã desta segunda-feira (27), por exemplo, o frei Sérgio Görgen, grevista e membro do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), foi acolhido com entusiasmo no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre (RS).
Em entrevista ao Brasil de Fato, ele afirmou que a recepção coletiva demonstra o crescimento da união entre as forças populares no processo de luta pelo retorno democrático, com vistas especialmente às eleições.
“Isso é um rastilho de esperança que se espalha por todos os cantos do país”, reforçou.
Para o militante Isnar Borges, da coordenação da Rede Soberania, uma das organizadoras da recepção, o acolhimento está em sintonia com a representatividade de Görgen e dos outros grevistas no que tange às demandas populares.
Ele destaca a preocupação dos segmentos sociais com o avanço da fome no Brasil e a prisão do ex-presidente Lula (PT), que estiveram entre as denúncias trazidas na pauta da greve de fome.
“Ele foi pela nossa luta, pelos nossos sonhos, pelos nossos projetos, e a gente acolhe ele de volta porque ele vem pra se somar e ajudar a gente a continuar lutando e sonhando”, ressalta.
Nesse domingo (26), foi a vez de o grevista Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, da Central de Movimentos Populares (CMP), ser recebido em Guarulhos (SP) por familiares e parceiros de luta.
Assim como frei Sérgio, ele vislumbra a acolhida da militância como um símbolo da união e da resistência popular no Brasil.
“Nós somos lutadores e lutadoras do povo e estamos juntos na luta. Essa é a verdade”, afirma.
Os grevistas Jaime Amorim e Rafaela Alves já chegaram, respectivamente, a Pernambuco e Sergipe, seus estados de origem. Já os militantes Leonardo Soares, Vilmar Pacífico, Zonália Ferreira ainda não retornaram às bases.
Por Brasil de Fato