Foi realizado nesta sexta-feira (30), em Brasília (DF), o encontro ampliado do Grupo de Trabalho Internacional das Mulheres do PT, com o tema: Integração para avançar nos direitos das mulheres latino-americanas e caribenhas. No dia 29, quinta-feira, houve a reunião preparatória do GT para avaliar as principais demandas e definir a pauta da reunião ampliada.
A atividade teve como objetivo a troca de experiência entre países da América Latina, além de estimular a retomada dos diálogos internacionais para enfrentamento à violência política de gênero na região, bem como estudar novos avanços para que países desenvolvam estratégias políticas a fim de enfrentar os obstáculos que impedem o acesso das mulheres aos espaços de poder e decisão.
A secretária de mulheres do PT, Anne Moura, coordenou os trabalhos, ao lado da Secretária-Executiva do Foro de São Paulo e membra da Executiva do PT, Mônica Valente. Participaram ainda a secretária nacional da mulher do PCdoB, Daniele Costa, as membras do coletivo nacional de mulheres do PT, Misiara Oliveira e Mariana Janeiro; a senadora Mexicana Minerva Citlalli; a integrante da Internacional Feminista e do PS Peru, Aida Naranjo Garcia; e a membra do PCdoB, Maria Liege Rocha.
O Grupo de Trabalho do PT afirmou ser necessário que as companheiras precisam estar conectadas, fazer a troca para estimular a reconexão das mulheres latino-americanas: “Precisamos estar integradas, mas não podemos sair daqui sem a Comissão de Mulheres do Foro, sabendo que é um espaço de organização de mulheres da AL e Caribe. Temos uma oportunidade muito grande, e temos tudo para liderar e organizar esse processo”, defendeu.
Misiara Oliveira saudou a retomada do importante momento para a AL e o Brasil. Segundo ela, esse momento precisa passar pela organização das mulheres: “Temos um papel significativo na resistência, não teve segmento social mais estratégico do que as mulheres em todos os países, precisamos repensar nosso papel nessa disputa, mas, principalmente, a nossa representação dentro dos partidos. Possuímos experiências importantes e, juntas, podemos avançar mais nesses espaços de poder e decisão e democracia.”
Em seguida, Mônica Valente destacou que é preciso olhar para os campos da esquerda na região e observar as lutas e avanços: “A América Latina tem capacidade de avançar em alguns debates progressistas. O desafio é colocar no tempo superior os temas caros às mulheres como violência e participação política. Não há democracia sem as mulheres nos espaços de poder e decisão, a questão da participação política é fundamental, não só em época de eleição”, afirmou.
O que é o Grupo de Trabalho Internacional das Mulheres do PT
O GT foi recriado em 2021 e é composto pelas membras do coletivo nacional de mulheres do PT e convidadas. Desde então vem se reunindo apenas virtualmente, tendo a última reunião realizada em 15 de fevereiro deste ano, onde foi debatido mobilizações, formação, integração entre as Secretarias Internacional e de Mulheres, ambas do PT, planejamento de ações, defesa da democracia, e participação feminina.
Da Redação do Elas por Elas