“Foi muito gratificante ver a mesma mão que passava ferro a vapor segurando o diploma“. A história de Luís Felipe, nascido na periferia de São Paulo e hoje mestrando na UFMG, é um exemplo de como o ProUni muda vidas – não só a dele, mas a da mãe, ex-empregada doméstica e hoje formada em Serviço Social graças ao programa.
Ele foi um dos nove estudantes que emocionaram Manuela D’Àvila, Fernando Haddad e Ana Estela durante um encontro com bolsistas e beneficiários do ProUni. O evento aconteceu na tarde desta quarta-feira (12), no centro de São Paulo.
Também participaram os candidatos ao Senado Jilmar Tatto, Eduardo Suplicy e a candidata a vice-governadora Ana Bock.
O primeiro compromisso oficial da dupla como presidente e vice não poderia ser outro. Foi sob o comando de Lula e Haddad que programas como o ProUni e o Fies viraram realidade. “Até os anos 90, o maior movimento estudantil do Brasil era o ‘MSU’, o movimentos dos sem universidade” brincou ele. Manuela começou a carreira política no movimento estudantil, e teve atuação essencial no debate desses e outros projetos, como a política de cotas e as escolas técnicas.
Estudantes de várias origens deram seus depoimentos. De ex-bolsistas que hoje são professores universitários a futuros juristas que sonham mudar o sistema judiciário. Muitos são os primeiros da família com diploma, e outros viram os próprios pais realizarem esse sonho.
“A democratização da universidade é que vai mudar o Brasil. Nós podemos fazer isso de novo. Vocês são aqueles que o olharão a sentença de um jeito diferente, que tratarão o paciente de um jeito diferente, vocês farão esse país ser desenvolvido e justo, que é o nosso grande sonho”, disse Manuela.
Haddad encerrou o evento com um grande chamado aos jovens pelo apoio e a força necessários para retomar o projeto interrompido pelo golpe. “O povo não vai deixar. Sabe porquê? Quando você sonhou um sonho, é uma coisa. Mas depois que você viveu parte do sonho, viu que é possível, teve carteira assinada, fez um crediário, tem um endereço. Essa experiência não conseguem apagar, nem em 100 anos. E eles não têm 100 anos, eles só tem 25 dias”.
Da Redação Agência PT de Notícias