Partido dos Trabalhadores

Haddad: é preciso reforma fiscal e tributária para sair da crise

Em sabatina da Folha de SP, Uol e SBT, Fernando Haddad também defendeu redução de juros para aumentar renda das famílias brasileiras

Ricardo Stuckert

Fernando Haddad participa de sabatina da Folha de S.Paulo, Uol e SBT

Após sabatina da Folha de SP, UOL e SBT, o candidato à presidência pela coligação “O Povo Feliz de Novo”, Fernando Haddad (PT), nesta segunda-feira (17), conversou com jornalistas e afirmou que as reformas bancárias, fiscal e tributárias serão prioridade no seu governo. “São necessárias essas três reformas para tirar o país da crise econômica”.

O candidato explicou que a reforma bancária reduzirá juros para o comprador final e a reforma tributária aumentará a renda disponível das famílias de classe média e baixa para voltarem a consumir e reativar a economia. “A reforma tributária parte de dois princípios básicos: a isenção do imposto de renda para quem recebe até 5 salários mínimos e a volta da cobrança do imposto de renda de quem recebe dividendos”, disse o candidato.

A isenção irá fazer com as famílias injetem dinheiro na economia, aumentando consumidores: “a economia precisa de consumidores, senão os empresários não contratarão trabalhadores”.

Ainda segundo o Haddad a reforma fiscal “abrirá espaço orçamentário, para a retomada de algumas obras fundamentais para o aumento da produtividade da economia brasileira”. A reforma dos regimes próprios de previdência também foi apontada por Haddad, uma vez que algumas unidades da federação estão com problemas para arcar com suas folhas de pagamento.

Sobre a política de preços da Petrobrás, Haddad garantiu que retomará as políticas adotas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidenta eleita Dilma Rousseff. “Nossa política de preços durante muitos anos funcionou muito bem. Não queremos voltar as costas para a cotação internacional, mas é lembrar que a estatal Petrobras é uma empresa brasileira, dos brasileiros, e que ela tem um poder de monopólio muito grande no Brasil, então ela tem que olhar pros seus preços internos de produção. Nós vamos retomar a política de suavizar as grandes oscilações do mercado internacional”, declarou.

Sobre alianças com outros partidos em um eventual governo, Haddad disse que é preciso estar ao lado das forças democráticas. “Nós precisamos ter ao nosso lado as forças democráticas que querem consolidar um ambiente do estado democrático de direito”.  O ex-ministro de Lula completou: “vamos fortalecer as instituições, uma agenda de Estado e promover reformas para o povo voltar a sonhar”.

Haddad lembrou ainda que Lula reiteradamente afirma que não troca sua dignidade pela sua liberdade. O que o ex-presidente quer é o reconhecimento de seu recurso nos tribunais superiores, uma vez que não há qualquer prova contra ele. Haddad disse que continuará lutando nas esferas nacionais e internacionais pelo reconhecimento da injustiça cometida contra Lula.

Por Lula.com.br