Acabar com a fome no Estado mais populoso do país será a prioridade das prioridades de Fernando Haddad (PT) caso seja eleito governador de São Paulo. O possível primeiro petista à frente do Palácio dos Bandeirantes terá o desafio de acabar com a aflição de quase 7 milhões de paulistas que passam fome hoje no Estado, de acordo com levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) divulgado na semana passada.
E a situação revelada pelo estudo é ainda mais dramática. Esses quase 7 milhões vivem em insegurança alimentar grave, ou seja, têm fome e privação no consumo de alimentos. Mas há outras 6 milhões de pessoas no Estado vivendo com insegurança alimentar moderada (quantidade insuficiente de alimentos) e mais 13 milhões com insegurança alimentar leve (não sabem se terão alimento num futuro próximo ou têm a qualidade de alimentação comprometida).
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No total, São Paulo tem hoje 26 milhões de pessoas com alguma insegurança alimentar. No caso mais grave, o Estado responde por 21,2% do total de 33 milhões de pessoas com fome em todo o país. Este é o resultado do desgoverno Bolsonaro, que assim como a atual gestão do governo paulista deu as costas para o povo e governou para os ricos, levando o Brasil de volta ao Mapa da Fome da ONU, do qual havia saído em 2014, sob o governo do PT.
Por isso, enfrentar e superar a fome em São Paulo é um trabalho para quem já sabe como fazer. Fernando Haddad pretende implantar logo nos primeiros dias de gestão o Programa Emergencial de Combate à Fome e à Miséria, batizado de “São Paulo Sem Fome”, que reúne um conjunto de medidas objetivas e imediatas para garantir comida no prato da população.
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A primeira delas será o aumento do salário mínimo paulista para R$ 1.580, recuperando as perdas da inflação dos últimos três anos, e a definição de uma política de reajuste real, ou seja, acima da inflação, para os próximos anos.
Além disso, o Plano de Governo de Haddad prevê o projeto “Bom Prato Dia e Noite”, ampliando a rede de restaurantes comunitários para todas as regiões do Estado, abrindo para também para café da manhã e jantar, além do almoço. Também será possível o usuário levar a refeição em vez de comer na hora, com o projeto “Quentinhas para Viagem”.
O eventual governo Fernando Haddad irá também reduzir os preços da carne e dos produtos da cesta básica, que entrarão no projeto “Imposto Zero”, ou seja, vão chegar à mesa da consumidora e do consumidor sem a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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Além dessas medidas, o São Paulo Sem Fome terá ainda o programa “Oportunidade Já”, que vai incentivar o ingresso de jovens no mercado de trabalho sem que ele tenha que abandonar a escola — gerando emprego e renda com formação educacional.
Estão também nos planos do candidato a governador de São Paulo a distribuição de cestas de alimentos e leite, numa ação integrada com os programas de distribuição de renda, a abertura de microcrédito para a agricultura familiar e investimento em infraestrutura e logística para aproximar o produtor do consumidor e, portanto, facilitar o transporte de alimentos.
Da Redação