Partido dos Trabalhadores

Humberto Costa: PEC da Previdência possui ótica perversa com os pobres

Para o líder do PT no Senado, a Reforma da Previdência poderá ter impacto negativo não só na hora de se aposentar como também na diminuição da renda dos brasileiros

Alessando Dantas

Humberto Costa

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou que “a Reforma da Previdência poderá ter impacto negativo na conta dos trabalhadores não só na hora de se aposentar como também deverá refletir na diminuição do salário mensal dos brasileiros”.

“Essa reforma nem poderia se chamar assim porque ela não reforma nada. O que está se propondo é uma verdadeira demolição dos direitos dos trabalhadores e que terá um resultado extremamente negativo na vida do povo, seja para quem estiver se aposentando, seja para quem estiver na ativa. Quanto mais a gente se desdobra sobre o tema, mas a gente vai vendo o quão cruel esse projeto é”, disse.

“Não dá para esperar nada de bom de um governo que decidiu extinguir o Ministério do Trabalho. Aliás, foi o próprio presidente que disse na campanha que o trabalhador terá que escolher entre direitos e emprego. É uma ótica perversa que penaliza quem mais precisa e que mantém o privilégio dos mais ricos”, acrescentou.

A crítica do parlamentar tem como base trecho do texto que propõe que o desconto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) possa incidir não só no salário-base do profissional, como também sobre os demais rendimentos, como férias, décimo terceiro e até a participação nos lucros. “Com o desemprego subindo no governo Bolsonaro e a confiança da população e do mercado em queda, o natural é que o funcionário acabe aceitando a diminuição do salário e dos valores dos benefícios sem questionar”, disse.

De acordo com Humberto, a medida também pode impactar negativamente na economia. “Estamos falando de milhões de brasileiros que vão ganhar menos e, consequentemente, gastar menos. Isso impacta no mercadinho, no restaurante, no café, o efeito cascata pode ser também bastante nocivo”, avalia.

Por Brasil 247