A Justiça britânica decidiu, nesta segunda-feira, não acatar o pedido feito pelos Estados Unidos para a extradição do fundador do Wikileaks, Julian Assange. A decisão é uma vitória para Assange, sua família, o WikiLeaks e a liberdade de imprensa mundial. Com a extradição, ele seria condenado a até 175 anos de prisão. A decisão considerou as condições de saúde de Assange.
Nos EUA, Assange enfrenta 18 processos criminais por ter divulgado ter divulgado documentos secretos dos Estados Unidos. Ele é acusado de “conspiração para obter e divulgar, entre 2010 e 2011, mais de 250 mil telegramas diplomáticos e cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre as atividades do Exército americano no Iraque e no Afeganistão durante a chamada “guerra ao terror'”.
Se os democratas do planeta Terra não tiverem coragem de se manifestar em defesa do Assange, significa que tem muitos democratas mentirosos, significa que a liberdade de imprensa, tão cantada em verso e prosa pelos donos dos grandes jornais, é mentira
Alvo do maior processo contra a liberdade de imprensa da história, Assange foi preso pela primeira vez no Reino Unido em dezembro de 2010, cinco meses após a divulgação dos documentos. A ordem de prisão dizia respeito a acusações de estupro e abuso sexual na Suécia, posteriormente arquivada por falta de provas. Na ocasião, ele já dizia temer uma extradição para os EUA.
“A liberdade de Julien Assange é uma causa de todos que defendem verdadeiramente a liberdade de acesso à informação”, comemorou a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). “Grande vitória da democracia, grande derrota do aparato bélico e de espionagem nos Estados Unidos”, afirmou em suas redes sociais.
Da Redação com Agências