A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta segunda (21) que o Twitter apague uma publicação mentirosa feita por Bolsonaro em julho de 2019. No entanto, passado o prazo de 24h, o tuíte ainda não foi tirado do ar e, nos últimos dias, bolsonaristas fizeram a fake news voltar a circular com força na rede. A mentira espalhada pelo presidente já tem mais de um milhão de visualizações.
Na postagem, Bolsonaro mente que um vídeo em que membros do PT estão reunidos teria sido um material vazado. Na verdade, trata-se de um trecho de “O processo”, documentário de Maria Augusta Ramos pré-indicado ao Oscar 2019. As imagens não são, portanto, secretas.
No tuíte mentiroso, Bolsonaro também faz referência a uma reunião do Foro de São Paulo em Caracas, provocando ainda mais desinformação ao dar a entender que as imagens vazaram desse encontro.
Para além da fake news, o episódio é mais um ataque do governo à classe artística. As cenas foram reproduzidas por Bolsonaro sem a autorização da diretora, que moveu ação contra ele.
Na sentença publicada no último dia 14, a juíza Maria Cristina de Brito Lima proíbe que o presidente use trechos de qualquer filme de Maria Augusta Ramos sem sua autorização. Cabe recurso ao governo, que ainda não se pronunciou.