Quem sonha em continuar melhorando São Paulo, com mais investimentos em saúde, educação, cultura, lazer e benefícios para a periferia deve batalhar para garantir a continuidade do governo de Fernando Haddad (PT). A afirmação foi feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite desta sexta-feira (12).
“O Brasil transformador está sendo feito na cidade de São Paulo”, disse Lula. Ao lado de Haddad e de outras lideranças do Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente participou de plenária em uma quadra esportiva de Guaianases, na zona leste.
“Tenho profundo orgulho de ter vindo do nordeste, fugido da fome, de ter sido presidente do Brasil, e de ter feito, junto do Haddad e de outros companheiros, o melhor governo que o Brasil já teve”, lembrou.
Haddad é o melhor prefeito, avalia Lula, porque ele levou cidadania à periferia de São Paulo e ampliou o acesso a benefícios que antes ficavam restritos a quem vive nos bairros nobres ou no centro expandido.
“Haddad melhorou a vida das pessoas da porta de casa para a rua. Isto é dar cidadania”, disse.
Lula contou também que confiava em Haddad para ser prefeito de São Paulo, pois já conhecia seu trabalho no Ministério da Educação. Como exemplo de medida que universalizou o acesso à educação, Lula citou a chegada de universidades públicas aos CEUs, as UniCEU.
O ex-presidente ainda elogiou a iniciativa de Haddad de diminuir a velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros e lamentou que ele tenha sido criticado pela imprensa tradicional e pela oposição. “Agora, que reduziu o número de mortes, ninguém fala nada”.
Modo petista em São Paulo
O prefeito Haddad fez um balanço de sua gestão e disse que muitos têm dificuldade para entender seu governo. Segundo ele, essa dificuldade se deu porque seu trabalho se centrou em reduzir as desigualdades e em quebrar o muro que existia entre a periferia e o centro da cidade.
“A gente começou em Guaianases porque aqui o povo acorda às 4h da manhã para ir trabalhar (…) A gente está fazendo creche na periferia porque as crianças que estavam na fila da creche moram no extremo leste da cidade, em Cidade Tiradentes, em Guaianases, em São Miguel, em São Mateus, no Itaim Paulista”.
Haddad lembrou que muitas medidas adotadas na periferia são escondidas pela imprensa. “Alguém viu no jornal que Guaianases foi um dos primeiros lugares a ser 100% iluminado com LED? Alguém veio mostrar o Hospital Dia de São Miguel, do Itaim, de São Mateus? Só aqui no extremo leste, inauguramos três Hospitais Dia”.
“Nosso papel nesta campanha é aproveitar estes 60 dias para falar para as pessoas tudo o que nós falamos e de tudo o que entregamos”, afirmou.
O prefeito mencionou a melhora na fluidez do trânsito em São Paulo, graças às obras de ampliação de vias que ligam os bairros ao centro da cidade e à construção de corredores e faixas exclusivas para ônibus.
Ele ainda citou 630 mil passes livre para estudantes, isenção de tarifa para idosos e o Bilhete Único Mensal com tarifa fixa de R$ 140. “Fizemos mais do que prometemos em 2012”, afirmou.
Também estava presente no evento o presidente do PT, Rui Falcão. Em sua fala, ele recordou que, desde 1980, muita gente passou pelo partido e que nem todos permaneceram no mesmo lado.
“Quem pode fazer pela quarta vez o projeto do PT em São Paulo não são os que passaram. É Fernando Haddad”.
Crise da democracia
Na plenária, Lula também falou sobre o golpe em curso para afastar Dilma Rousseff do cargo. Segundo ele, não querem cassar somente a presidenta, mas sim o voto democrático.
“Quando encontrar Temer, não precisa xingar e ofender, como fizeram com a Dilma. Tem que falar: ‘Temer, devolva meu voto. Devolve o mandato da Dilma’. Quando encontrar um deputado tucano, de um partido de direita, diga: devolve meu voto, porque eu votei na Dilma”.
Haddad também comentou a crise política e avaliou que este é um momento delicado no cenário nacional. “Estamos em um momento em que a presidenta Dilma sofreu uma conspiração de gente que traiu a confiança dela. Uma traição absurda de pessoas que estavam do lado dela”.
Para o prefeito, o que está em jogo é muito mais do que o mandato de uma presidenta, mas a continuidade de políticas e direitos sociais, políticos e civis da população. “Esta luta contra o golpe é a favor da democracia e da Constituição. É isto que significa lutar”.
“Estão fazendo isto porque, depois disso, vão querer mudar a Constituição, suprimir direitos, cortar verba na saúde e na educação. Fui ministro do presidente Lula na Educação durante quase 7 anos e nunca ouvi um não do presidente Lula para liberar ver para educação”, disse.
Por Daniella Cambaúva da Agência PT de Notícias