Ao chegar à terceira e última capital que visitará nesta passagem pelo Nordeste, Lula disse, neste sábado (18), em Aracaju, que pretende voltar à Presidência porque quer ajudar a restabelecer a harmonia entre os brasileiros e garantir que todos tenham oportunidade de uma vida digna.
“É esse país que eu quero reconstruir, esse país da tolerância, esse país da harmonia. A gente tem que fazer esse país voltar a ser feliz”, disse Lula no evento que lançou o movimento Vamos Juntos pelo Brasil em Sergipe (assista ao evento abaixo).
Segundo o ex-presidente, a união de diferentes forças políticas é fundamental nessa tarefa. “Não é possível a gente imaginar que pode recuperar este país sozinho. É importante que a gente tenha sabedoria de trazer junto conosco todas as pessoas que, democraticamente, querem reconstruir o país.”
E a reconstrução significa governar para todos, diferentemente do que faz hoje Jair Bolsonaro. “Veja essa coisa que está governando o Brasil. Já vai fazer quatro anos que ele está destruindo o Brasil. Ele nunca recebeu estudante, ele nunca recebeu sindicalista, nunca recebeu movimentos de saúde, nunca recebeu prefeitos, nunca recebeu governadores, nunca recebeu ninguém, porque ele não tem ouvido”, criticou.
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“Crescimento deve ser distribuído”
E governar para todos significa priorizar os mais pobres, dando oportunidades de emprego e de vida digna. “Quando eu tomei posse em 2003, peguei o avião presidencial, coloquei todos os ministros dentro do avião e fui visitar os lugares mais pobres deste país, para eles saberem para quem eles tinham de governar de verdade”, lembrou Lula.
“Não adianta o PIB crescer. É preciso saber se o resultado desse crescimento foi distribuído. Como é que a gente vai mudar o país se a gente não mudar isso? Então, se preparem, porque nós vamos voltar com muita força, muito tesão, muita vontade de mudar este país”, completou.
E garantiu: “Este país vai mudar. Eu estou convencido. Nós vamos ter que voltar a fazer casa, gerar emprego, aumentar salário, trazer de volta um programa de saúde que possa atender as pessoas”.
Rogério Carvalho: “Resgatar a soberania”
Mostrando a ampla união que o Vamos Juntos pelo Brasil conseguiu formar, várias lideranças sergipanas e do país estavam presentes. Falaram no evento a vice-governadora de Sergipe, Eliane Aquino (PT); o senador Jaques Wagner (PT-BA); o deputado federal Valadares Filhos (PSB); a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos; João Daniel, presidente do PT-SE; Reinaldo Nunes, presidente do PV-SE; Sonia Meire, do Psol; e Vovô Monteiro, presidente do Solidariedade-SE.
Uma das falas mais aguardadas, além da de Lula, foi a do senador Rogério Carvalho (PT-SE), pré-candidato ao governo estadual. Carvalho ressaltou que Sergipe também precisa ser reconstruído e se comprometeu a se espelhar em Lula e usar investimentos públicos para gerar empregos e dar mais acesso a serviços de saúde e de saneamento à população do estado.
Ele também elogiou a união das mais diferentes forças em torno de Lula e Geraldo Alckmin (PSB). “Hoje, o Brasil mostra para o mundo inteiro que é possível aqueles que estiveram em lados diferentes colocar essas diferenças de lado e se juntarem para resgatar a dignidade, a democracia e a soberania do nosso país, a autoestima e a altivez do nosso povo. E devolver ao Brasil um lugar de destaque no mundo.”
Alckmin: Bolsonaro teme o voto popular
Alckmin, por sua vez, disse que, ao visitar Uberlândia (MG), Natal, Maceió e Aracaju nos últimos quatro dias, ficou encantado com a confiança que o povo brasileiro demonstra por Lula.
“Nós estamos vindo, desde quarta-feira, com a liderança do presidente Lula. Uberlândia, em Minas Gerais, Natal, Maceió e, agora, esta festa maravilhosa aqui em Aracaju. E a conclusão que eu chego é a seguinte: o Bozo, ele não está desconfiado da urna eletrônica. Ele não confia é no voto do povo, porque sabe que não merece um segundo mandato”, afirmou o pré-candidato a vice-presidente em uma futura chapa com Lula.
Gleisi e Márcio Macedo pregam a união
Por fim, os deputados federais Márcio Macedo (PT-SE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), também presidenta nacional do PT, foram outros que saudaram a união em nome da reconstrução do país.
“Não podemos continuar com um presidente que não gosta de gente, que não gosta das mulheres, dos negros, da população LGBT, não gosta de índio. Um presidente que prega o ódio, que prega o assassinato, que prega o crime. Um presidente que tem as manos sujas do sangue do Genivaldo, do Dom, do Bruno. Por isso, temos que estar unidos”, defendeu Gleisi.
“Paulo Freire nos ensinou que é importante unir os divergentes para derrotar os antagônicos, os adversários, os inimigos do povo. As nossas diferenças são pequenas diante dos desafios que nós temos para mudar o Brasil, libertar Sergipe e derrotar esse canalha chamado Bolsonaro, que leva fome, leva miséria e leva sofrimento para nossa gente”, argumentou Macedo.
Da Redação