Futebol, cinema, literatura, história e, claro, política. Muita política. Mas não apenas o usual debate sobre polarização ou o fracasso da cartilha bolsonarista. Lula, na verdade, sabe muito bem como resumir todos estes temas e muitos outros – como meio ambiente, saúde e retirada de direitos – numa única expressão: soberania nacional. O assunto foi inevitavelmente foi um dos destaques da entrevista concedida pelo ex-presidente à emissora TVT e exibida na noite desta quarta-feira (15).
Ele próprio figura central da melhor fase do país no mapa da geopolítica mundial, Lula tratou mais uma vez de explicar a razão da insistir na urgência do assunto. “Soberania nacional não é defender uma empresa. É defender um país. Da mesma forma que a gente defende as nossas fronteiras temos que defender as nossas riquezas no solo e no subsolo, a nossa floresta, a nossa água, a qualidade da nossa educação, da nossa saúde, da nossa pesquisa”, explicou.
Aos jornalistas Juca Kfouri, Talita Galli e José Trajano, o chefe de estado com a maior aprovação já registrada no Brasil também não poderia de fazer o inevitável paralelo com o o Brasil de hoje – assumidamente submisso aos interesses dos EUA. “Um país que não é soberano, que bate continência para outro presidente, que diz eu te amo e o outro nem ouve, é um país que vai perdendo o respeito. Eu queria ser respeitado pelo Evo Morales, mas antes eu exigia ser respeitado pelo Bush, pelo Obama. Eu adotava aquela teoria do Chico Buarque: eu não grito com o Evo Morales, mas não falo baixo com os EUA. Eu falava igual com os dois”.
Para encerrar o tema, ainda injetou mais um pouco do otimismo que lhe tem sido tão caro mesmo diante da perseguição implacável de seus algozes. “O Brasil tem tamanho. O Brasil pode voltar a ter respeito. Eu vivi isso, graças a Deus. Graças à compreensão do povo brasileiro, eu vivi um momento em que o Brasil era respeitado”, conclui.
Da Redação da Agência PT de Notícias