Lula se reuniu, nesta quarta-feira (31), no Palácio da Alvorada, com o presidente colombiano, Gustavo Petro. A conversa entre os dois girou em torno da conjuntura política da América do Sul e do meio ambiente, em particular da Floresta Amazônia, que ocupa parte do território de Brasil e Colômbia.
Petro, que veio a Brasília para participar da Reunião dos Presidentes da América do Sul, realizada na terça-feira (30), confirmou que comparecerá à reunião dos países amazônicos em Belém, em agosto. E Lula aceitou participar, em 8 de julho, em Letícia, na Colômbia, cidade localizada na fronteira entre os dois países, do fórum de debates científicos sobre a Amazônia, evento preparatório ao encontro de Belém.
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Os dois também conversaram sobre a necessidade de se combater os crimes ambientais e o crime organizado na região, reprimindo madeireiros e garimpeiros ilegais, grileiros e narcotraficantes, além de cuidar dos colombianos e brasileiros que vivem na região e fortalecer a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, com sede em Brasília.
O presidente colombiano também confirmou o retorno de seu país à Unasul e convidou o Brasil a ser o país homenageado na Feira do Livro de Bogotá, em abril de 2024, o que foi celebrado por Lula no Twitter (veja abaixo).
Alberto Fernández
Outro chefe de Estado que participou da Reunião dos Presidentes da América do Sul e que teve um encontro em separado com Lula, na terça-feira, foi o argentino Alberto Fernández, que fará ainda uma visita de Estado ao Brasil em 26 de junho, em celebração aos 200 anos das relações diplomáticas entre as duas nações.
O objetivo de Lula e Fernández é aprovar o Plano de Ação para o Relançamento da Aliança Estratégica, fortalecendo ainda as relações em diversas áreas entre os dois países. No encontro, Lula destacou, em particular, o progresso nas conversações sobre o possível financiamento do BNDES a exportações de tubos e chapas de aço brasileiras a serem utilizados na etapa 2 da construção do Gasoduto Presidente Néstor Kirchner.
A medida, além de garantir a conclusão do gasoduto e, consequentemente, o fornecimento de gás para o Brasil, beneficiará as empresas brasileiras que exportarão os produtos, pois o financiamento do BNDES é voltada a elas, e não ao governo argentino (clique aqui e entenda).
Outro tema discutido foram ações que ajudem a economia dos dois países. A Argentina é o terceiro maior país comercial do Brasil, atrás de China e Estados Unidos apenas, e o maior comprador de determinados produtos manufaturados brasileiros. Por isso, a necessidade de um trabalho conjunto que mantenha as economias das duas nações equilibradas e aptas a continuar negociando.
Da Redação, com Palácio do Planalto