Em ato contra a fome e pela democracia, neste sábado (9), em Diadema (SP), Lula disse que ele e o ex-governador Geraldo Alckmin uniram forças para, se eleitos, “colocar ordem na casa” e fazer com que o Brasil volte a ter um governo que trabalha para os mais pobres.
“Às vezes você bota uma raposa para cuidar do galinheiro achando que ela vai cuidar das galinhas. Mas ela come as galinhas. É o que está acontecendo com o orçamento secreto na Câmara dos Deputados, que é a maior bandidagem já feita em 200 anos de República. Não é possível que a gente não esteja percebendo isso”, apontou Lula (assista à íntegra do evento no fim desta matéria).
E prosseguiu: “Por isso, eu e o Alckmin vamos ganhar as eleições, porque vocês querem que a gente ganhe as eleições. E vamos discutir com o Congresso Nacional. Não é o Congresso que administra o orçamento. O orçamento é administrado pelo governo. O Congresso legisla, o governo administra e a Suprema Corte julga. Hoje está tudo invertido. Então, uma das coisas tarefas que eu e o Alckmin vamos ter neste país é colocar ordem na casa. Cada um cuida da sua tarefa e nós vamos ser eleitos para tomar conta do povo brasileiro”.
Lula ressaltou que, historicamente, o Brasil teve governos preocupados em atender os interesses dos mais ricos e que isso precisa mudar de uma vez por todas. “Nós temos a obrigação de mudar a história deste país a bem de nossos filhos e netos”, conclamou.
E isso significa colocar o Estado a serviço dos cidadãos mais humildes, que precisam ser incluídos no orçamento, ao mesmo tempo em que os ricos precisam pagar mais impostos. Assim, as periferias terão acesso a educação, saúde, lazer, cultura, iluminação, saneamento.
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Bolsonaro não consegue comprar o povo
“O Estado tem que estar a serviço da população”, destacou, o que é bem diferente do que tenta fazer Jair Bolsonaro hoje, tentando dar auxílios que só vão durar até dezembro.
Lula pediu a todos que fiquem atento ao que acontece hoje no governo. Ele lembrou que, quando a pandemia começou, os partidos de oposição defendiam um auxílio emergencial de R$ 600, mas Bolsonaro queria dar apenas R$ 200. Graças ao Congresso, o valor de R$ 600 foi aprovado.
“Depois, ele tirou os R$ 600 e baixou para R$ 400. Agora, esta semana eu vi que ele quer dar os R$ 600. Até dezembro, até dezembro. Ele quer dar R$ 1000 para motoristas de caminhão. Até dezembro. Ele quer dar dinheiro para os taxistas. Até dezembro. Por que esse fascista pensa que o povo vai ser tratado como ignorante ou gado, que ele acha que vai comprar dando programa para seis meses?”, indagou.
Em seguida, Lula aconselhou a população: “O conselho que eu quero dar para vocês é o seguinte: se o dinheiro cair na conta de vocês, peguem e comprem o que comer. E, na hora de votar, deem uma banana nele e votem para agente mudar a história deste país”.
Alckmin em defesa da democracia
O ex-governado Geraldo Alckmin lembrou que o 9 de Julho maraca a luta dos paulistas por uma Constituição e disse: “E o que está em risco, hoje, é o estado democrático. Mas vamos nos inspirar nos heróis do passado para pormos para correr esse fascistoide e defendermos a democracia”.
Haddad: sobram motivos para botar Bolsonaro para correr
Ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo estadual, Fernando Haddad demonstrou claramente que nunca foi tão necessária a união de diferentes forças políticas para salvar o Brasil da destruição.
“Nós estamos todos aqui reunidos porque tem 33 milhões de pessoas passando fome, porque 38% dos brasileiros que têm renda ganham até um salário mínimo, porque 50% das crianças com até 10 anos não sabem ler nem escrever porque na pandemia não fizeram absolutamente nada para garantir o direito delas, porque a fila do SUS dobrou de tamanho, porque você não consegue terminar o mIes fazendo o mercado para alimentar sua família. Isso não é suficiente para estarmos juntos e botarmos o Bolsonaro para correr?”, questionou.
Márcio França: apoio a Lula e a Haddad
O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) confirmou seu apoio às pré-candidaturas de Lula e Alckmin ao Palácio do Planalto e à de Fernando Haddad ao governo estadual.
França, que é pré-candidato ao Senado, disse que o poio dele e de Alckmin a Lula se deve ao fato de que não é possível “aceitar, de maneira pacífica, andar pelas ruas e ficar tropeçando em gente no chão”. “São 60 mil pessoas vivendo nas ruas de São Paulo”, frisou, antes de concluir que a prioridade hoje é eleger Lula para o bem de todo o país.
Também falaram no evento beneficiários de programas sociais implementados por Lula, como o Minha Casa Minha Vida e o ProUni, além de representantes dos partidos que compõem o movimentos Vamos Juntos pelo Brasil: o presidente estadual do PT, Luiz Marinho; presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros; o senador e porta-voz nacional da Rede, Randolfe Rodrigues; o líder do MTST e pré-candidato à Câmara dos Deputados Guilherme Boulos (Psol); o presidente estadual do PSB, Jonas Donizette; o presidente nacional do PV, José Luiz Penna; o presidente estadual do PCdoB, Rovilson Brito; o prefeito de Diadema, Filippi Júnior; o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira.
Da Redação