A crise causada pela saída dos profissionais cubanos do Mais Médicos ainda está longe de acabar. De 14 de novembro até agora, muitos foram os episódios que escancararam o despreparo do atual governo para lidar com o problema e, confirmado o fim do prazo (encerrado nesta quinta, 10) para que interessados em ocupar os postos em aberto, mais de 1.400 ainda não foram preenchidas, segundo notícia publicada na Folha de S. Paulo.
O número, divulgado pelo próprio Ministério da Saúde nesta sexta-feira (11), representa 17,2% das 8.517 vagas antes ocupadas por profissionais da ilha – que deixaram o país após uma série de ataques realizados por Jair Bolsonaro contra a presença dos cubanos, a quem já chamou de “terroristas” e os comparou a “cobras”.
A situação, no entanto, pode ficar ainda mais grave a partir de março, caso os outros 4 mil médicos brasileiros que já se apresentaram no trabalho deixem os cargos para darem início às residências médicas do país. Caso isso se confirme, o problema voltará a afetar milhões de brasileiros que vivem sobretudo em regiões carentes e afastadas de todo o Brasil.
Ciente de que cometeu grande erro ao desdenhar da atuação dos cubanos por aqui e ainda deixar claro sua total falta desinformação sobre o quão importante eram para atender as demandas da saúde nacional, o radical ainda tenta buscar os profissionais do país caribenho que permanecem no país na tentativa de reintegra-los ao programa.
Para piorar, a ministra da Saúde, Mayra Pinheiro tem tentado emplacar a fama de boazinha ao iniciar campanha pelo retorno chamando os cubanos de “colegas” e “irmãos”. Mas o povo não esquece: Mayra ganhou fama ao mandar os médicos cubanos voltarem para a senzala.
Da Redação da Agência PT de Notícias