Partido dos Trabalhadores

Mesmo com universidades em risco, MEC mantém bloqueio de R$ 3,8 bi

Liberação de pequena quantia de recursos não resolve a falta de verba em universidades e institutos, que não têm como pagar nem mesmo contas básicas, como luz e limpeza

Agência Brasil

O Ministério da Educação do desgoverno de Bolsonaro agora tenta tapar o sol com a peneira. Nesta segunda-feira (30), Abraham Weintraub anunciou que R$ 1,99 bilhão do valor contingenciado em março será liberado para a pasta. No entanto, o montante de R$ 3,8 bilhões continua congelado para a educação, prejudicando as instituições e deixando um futuro incerto para milhares de estudantes e professores. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, “a recomposição será de R$ 1,156 bilhão para universidades e institutos federais”.

A situação do ensino superior nem de longe será resolvida com o valor. Desde o anúncio dos cortes, diversas universidades do país declararam que não têm como pagar nem mesmo as contas básicas, como luz, segurança e limpeza, até o final do ano. Instituições chegaram a alegar que teriam de suspender as aulas caso não recebam os recursos estimados em breve.

Bolsas de pesquisa

 

Uma das áreas mais atacadas pelo desgoverno é a de fomento à pesquisa. Agora, decidem liberar R$ 270 milhões para a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), porém, seguem suspensas 2.431 bolsas desde o início do ano. O valor liberado, segundo o MEC, é para pagar somente as bolsas ainda vigentes.

O órgão também perderá metade do seu orçamento no próximo ano: cairá de R$ 4,25 bilhões em 2019 para apenas R$ 2,20 bilhões em 2020. A notícia dos cortes deixaram alunos sem saber o que esperar do futuro e com uma incerteza sobre como continuarão suas pesquisas sem o financiamento das bolsas.

Futuro incerto

 

Com isso, a preocupação de estudantes e professores recai sobre o orçamento do próximo ano. No começo de setembro, Bolsonaro e sua equipe anunciaram a proposta orçamentária para 2020. Nela, anunciam que serão reduzidos 18% dos recursos totais do Ministério da Educação.

O impacto dessas reduções atingirá da educação básica à pós-graduação. O valor cairá de R$ 122 bilhões em 2019 para R$ 101 bilhões em 2020. Com a contínua retirada de recursos da educação e oferecendo migalhas como consolação, Bolsonaro e Weintraub pretendem diminuir cada vez mais o acesso da população à educação pública.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo