Após cortar na educação, Bolsonaro dá 4,7 bi para Forças Armadas

Montante poderia ser usado para retomar obras paradas, como das estradas, por exemplo, ou para “devolver” os bilhões cortados em ciência e pesquisa no país

Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em pouco mais de 9 meses de governo, Bolsonaro já mostrou quais são suas prioridades. Beneficiar parentes, fazer declarações preconceituosas e mentirosas, prejudicar programas sociais e retirar recursos da educação. Sem conseguir fazer a economia voltar a crescer, Jair realizou inúmeros cortes no orçamento de 2020 nas áreas do ensino, da moradia, saúde e da proteção do meio ambiente.

Mas em meio a tantos cortes que prejudicam diretamente o povo brasileiro, Bolsonaro achou uma “brechinha” no tão sofrido orçamento e conseguiu destinar R$ 4,7 bilhões em vantagens para as carreiras das Forças Armadas, segundo reportagem da Folha de S. Paulo divulgada nesta quarta-feira (18). O valor seria suficiente para retomar obras paradas em estradas ou recompor as bolsas do Capes, por exemplo.

Entre os principais pontos estão aumentos no adicional de habilitação – recebidos por militares que passam por cursos de qualificação – e da ajuda de custo para aqueles que vão para a reserva. O auxílio do governo tem o objetivo de suavizar a relação com os militares, prejudicados pela Reforma da Previdência, assim como a população brasileira não privilegiada.

R$ 4,7 bi seria suficiente para retomar obras paradas em estradas ou recompor as bolsas do Capes, por exemplo.

A reforma prevê economia de R$ 97 bilhões nos gastos com a categoria na próxima década. Entretanto, com as novas mudanças propostas no orçamento, as despesas com a melhoria das carreiras giram em torno de R$ 87 bilhões, também nos próximos 10 anos.

Descaso com a população

O orçamento de 2020 ainda não foi aprovado pelo Congresso, mas a proposta do governo inclui cortes em áreas essenciais para o bem-estar do povo brasileiro. O Ministério da Saúde pretender reduzir em R$ 393,7 milhões os gastos com vacinas, mesmo com o aumento considerável de casos de sarampo no país.

Outro detalhe no orçamento que mostra bem as prioridades desse desgoverno é o descaso com a Amazônia, a fauna e flora brasileiros. Bolsonaro cortou em 34% a verba de prevenção e controle dos incêndios florestais, além de reduzir em 30% total alocado ao Ministério do Meio Ambiente.

Para finalizar, a pasta que vem sendo destaque pelos seguidos cortes neste ano e no orçamento do ano que vem é a da educação. Além de perder R$ 6,2 bilhões em 2019, o orçamento previsto para 2020 está 18% menor que o deste ano. A área de pesquisa perderá metade dos seus recursos, e a educação básica sofrerá com corte de 54% na verba.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo

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