A Vigília Lula Livre fez um gesto de boa vontade em relação à Prefeitura de Curitiba e retirou duas das quatro tendas de apoio à manifestação em defesa da libertação do ex-presidente. “A disputa judicial continua. Entendemos que retirar duas tendas seria dar um sinal a eles, mas não cederemos mais que isso. O importante é que o povo continua na rua”, afirma Doutor Rosinha, presidente do PT-PR e um dos coordenadores da Vigília.
A mobilização em defesa de Lula enfrenta uma ação judicial para acabar com a Vigília, com ameaças constantes de multas como instrumento de pressão. A retirada de parte das barracas é um recuo estratégico, avalia Rosinha.
Rosinha critica a postura autoritária do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, em relação à Vigília. “O prefeito não negocia e desautoriza seus representantes, gosta de impor-se. Quer tratar a Vigília como caso de Polícia ou de Justiça, quando o que temos aqui é caso de Política”, afirma.
O coordenador ressalta que a Vigília Lula Livre surgiu espontaneamente em resposta à repressão policial aos que acompanhavam a chegada de Lula como preso político à sede da Polícia Federal em Curitiba. “No dia seguinte, 8 de abril, cerca de mil pessoas estavam acampadas aqui”, lembrou.
Por Luiz Lomba, da Agência PT de Notícias direto de Curitiba