Vigília Lula Livre é atacada por grupo de extrema direita

Sem respeitar interdito proibitório que impede protestos do mesmo lado do prédio da PF, membros da extrema direita atacam integrantes da Vigília

Joka Madruga

Representantes da Vigília revitalizaram pintura feita pelo delegado da Polícia Federal, Gastão Schefer Neto, onde escreveu "Bolsonaro 2018"

Resistindo desde o dia 7 de abril em defesa da democracia e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Vigília Lula Livre, localizada no entorno da Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida em Curitiba (PR), foi alvo de mais um ataque na noite desta quarta-feira (13).

Representantes da extrema direita, ofenderam e proferiram frases preconceituosas contra integrantes da Vigília, sem respeitar o interdito proibitório que aponta que protestos contrários devem ocorrer no lado aposto do prédio da Polícia Federal. Durante o ato, o delegado da Polícia Federal, Gastão Schefer Neto, escreveu na rua da vigília “Bolsonaro 2018”, o que já foi revitalizado na manhã desta quinta-feira (14) por representantes da Vigília, que qualificam que há interesses desses grupos de se inserirem entre os moradores da região.

Diante das ameaças, os integrantes da Vigília redigiram uma nota onde esclarecem o acontecido.

Veja a nota na íntegra:

Sobre os ataques de ontem (13) à Vigília Lula Livre

As organizações que estão na Vigília Lula Livre há quase setenta dias, de forma pacífica, respeitando os acordos com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e demais autoridades, repudiam a ação de indivíduos de extrema-direita que na noite de ontem (14), atacaram, ofenderam e proferiram frases preconceituosas contra integrantes da Vigília.

Sem respeitar o interdito proibitório, esses indivíduos se colocaram de forma agressiva na mesma região onde está concentrada a Vigília, sendo que os protestos contrários devem ocorrer no lado aposto do prédio da Polícia Federal, conforme decisão judicial.

A Vigília Lula Livre reafirma seu direito de fazer as manifestações respeitando o horário acordado das 9h às 19h30. O agrupamento de ontem, ao contrário, por conta de sua ação violenta, inclusive queimando pneus, acabou gerando forte barulho até depois da 1 hora da madrugada, desrespeitando o direito ao descanso e prejudicando os moradores.

Da nossa parte, respeitamos o direito à manifestação, assim como os moradores que não apoiam o nosso movimento. Frequentemente, buscamos ter contato e encontrar uma melhor condição de convivência para todos e todas. Ao mesmo tempo, reafirmamos e agradecemos a solidariedade de vários outros moradores da região. Denunciamos também que moradores que nos apoiam têm sofrido ameaças.

Prezamos pela tolerância, pelo respeito e pelo nosso direito de nos manifestar, em uma via que é pública, em defesa do ex-presidente Lula contra uma prisão política e arbitrária. Seguiremos aqui, porque nos é assegurado pela Constituição e pelas autoridades.

Seguimos na resistência!
Curitiba, 14 de junho de 2018.

Por Brasil de Fato

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