Os militantes da Vigília Lula Livre acompanharam atentamente a sessão da Segunda Turma do Superior Tribunal Federal, que terminou sem decisão por causa do pedido de vistas do processo pelo ministro Gilmar Mendes. O adiamento da libertação de Lula não desanimou a militância, que segue forte na mobilização em defesa da democracia.
“O pedido de vista foi bom. Dá para perceber que parte do Supremo sabe que o Moro foi tendencioso”, afirma Mikhail Coser, militante do movimento por moradia no Espírito Santo e da Vigília.
Na opinião de Mikhail alguns ministros estão receosos de contrariar o ex-juiz Sérgio Moro, que agiu de forma arbitrária em relação a Lula. “Se como juiz Moro contrariou ordem de um desembargador para soltar Lula, como ministro da Justiça ele poderia ir contra o Supremo também”, justifica.
Segundo ele, o pedido de vistas vai ampliar a compreensão da sociedade sobre as arbitrariedades contra Lula. “Quando um ministro do STF faz isso, não é só para ele avaliar o processo, é para o Brasil todo avaliar e perceber que o juiz foi tendencioso, político e parcial”, afirma.
Se não foi possível libertar Lula nessa terça feira, o adiamento de uma decisão representa uma derrota para os fascistas, aponta. “Com o pedido de vistas, conseguimos impedir o que o outro lado queria, que era uma votação de cinco a zero, o que não deixaria dúvida sobre a prisão de Lula”, diz.
Fim de ano na resistência
A disposição da militância de seguir na luta está intacta, apesar dos revezes. “A Vigília Lula Livre continua, mais firme que nunca. A vida está nos ensinando a ser realistas. Vamos fazer o Natal para o Lula, com moradores de rua, caçadores de recicláveis, pessoas que não têm família e virão confraternizar com a gente”, afirma Sirlei Fernandes, presidente da zonal norte do PT de Curitiba.
Por Luís Lomba, direto de Curitiba para a Agência PT de Notícias