O balanço das atividades do Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti, ocorrido no sábado (13), mostrou unidade nacional entre estados, municípios e governo federal no combate ao mosquito vetor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika, avaliou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante coletiva nesta segunda-feira (15).
“Nossa percepção é que no dia 13 foi uma ação de Estado com governo federal, governos estaduais e municipais todos unidos independente de coloração partidária, de ser de governo, de ser de esquerda, todos com a compreensão de que o mosquito não é municipal, não é estadual. Essa é uma ação conjunta que cabe a todos os gestores do País e a toda a sociedade”, disse Castro.
A ação ocorreu em 428 municípios brasileiros e 2,865 milhões de residências foram visitadas. Desse total, 295 mil estavam fechadas e em 15 mil casas a entrada dos militares não foi autorizada. Ao todo, participaram da mobilização 220 mil integrantes das Forças Armadas, 46 mil agentes de combate às endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde.
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, o combate ao mosquito é “perene e de longo prazo”, e precisa ser incorporado ao hábito dos brasileiros. “Não há poder público sem participação da sociedade que consiga vencer essa batalha”, completou.
“As ações de sábado alcançaram plenamente os objetivos e foram importantes para elevar o nível de mobilização das famílias e da população, para que agora possam continuar a remoção dos criadouros do mosquito dentro de casa”, avaliou o ministro da Defesa, Aldo Rebelo.
Segundo ele, o esforço prossegue ao longo desta semana, onde 55 mil militares treinados estarão em 270 cidades do País, desta vez com uma ação direta de eliminação de criadouros do mosquito e envolve a aplicação de larvicidas e inseticidas, com acompanhamento dos agentes de saúde.
E, a partir do dia 19 de fevereiro até 4 de março, as ações serão nas escolas, em uma parceria entre os ministérios da Defesa e da Educação. “Os militares vão percorrer escolas públicas e privadas, além de universidades, levando informações para os alunos, e esses alunos vão repassar essas informações em casa, para as suas famílias”, explicou Rebelo.
Multa – Segundo o ministro Jaques Wagner, o governo estuda a possibilidade de estabelecer multa federal para proprietários de terrenos baldios e imóveis fechados que possam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti.
“A presidenta Dilma já encomendou rapidamente um estudo à Advocacia Geral da União para saber se cabe esse tipo de multa estabelecida a nível federal, já que estamos em uma emergência de saúde, como forma de acionar os proprietários de terrenos baldios ou residências e casas fechadas”, explicou.
Enquanto o estudo não fica pronto, Wagner destacou que o governo está sugerindo que os municípios apliquem a multa. “Do ponto de vista municipal, é muito mais próprio esse tipo de multa. Alguns municípios já aplicam, como Aracaju”, destacou.
Governo presente – A presidenta Dilma Rousseff e os ministros acompanharam de perto as ações da mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti em todo o País. Dilma foi ao Rio de Janeiro, enquanto ministros, secretários-executivos e presidentes de estatais representaram o governo federal em cada capital brasileira e em cidades de grande porte.
“O governo esta fazendo a sua parte, mas a população também precisa estar engajada no espírito do zika zero. Nós temos de combater o mosquito, que é o vetor desse vírus. Temos de impedir que ele procrie e nasça”, afirmou Dilma durante ação na comunidade de Zeppelin, no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), no sábado (13).
Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias