Nesta terça-feira (29), motoristas e entregadores de aplicativos realizam greves e manifestações em pelo menos 16 cidades do país. Os trabalhadores têm como alvos as principais empresas dos setores de delivery e de transporte individual de passageiros, como o iFood, Uber e 99. Eles reagem à precarização das condições de trabalho.
As greves e manifestações foram confirmadas em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Aracaju, Teresina, Manaus, Recife, Porto Alegre e Curitiba, e em cidades como Carapicuíba (SP), Porto de Galinhas, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns e Petrolina, todas em Pernambuco.
Motoristas e entregadores de aplicativos irão paralisar totalmente os seus serviços e farão concentração em frente às sedes de empresas como Uber, 99 e iFood em várias capitais e cidades brasileiras, como forma de protesto pelas péssimas condições de trabalho e de remuneração já denunciadas por diversas vezes pela categoria.
Reivindicações
As principais reivindicações dos trabalhadores de aplicativos giram em torno de melhores condições de trabalho, aumento da remuneração das corridas e protesto contra os preços abusivos dos combustíveis.
De acordo com os trabalhadores, após a Petrobras ter feito o anúncio de aumento no preço dos combustíveis, em 19% na gasolina e 25% para o diesel, tanto a Uber, a 99 e também a iFood afirmaram que fariam reajustas nas suas remunerações.
Além de irrisórios, os reajustes prometidos ainda não chegaram a ser implementados pelas empresas. A 99 prometeu um aumento de 5% no valor do quilômetro rodado e a Uber, um reajuste temporário de 6,5% por corrida.
Apesar de o aumento das taxas ser a principal reivindicação de motoristas e entregadores, outras demandas integram a lista de reivindicações defendidas pelos grevistas das duas categorias.
Os motoristas de aplicativos querem que a porcentagem de cada corrida, que fica com a empresa, seja fixada em 20%; que o deslocamento até o passageiro seja pago; que o valor mínimo da corrida seja de R$10 e que se instalem câmeras nos carros das motoristas mulheres.
Nas pautas dos entregadores ao iFood estão o fim da necessidade de agendar previamente o horário de trabalho; o fim de duas ou mais entregas numa mesma corrida; que o atendimento seja feito por humanos e não robôs; o fim dos bloqueios injustos da plataforma; que a distribuição de pedidos seja igualitária entre as modalidades de entregadores e que as taxas sejam reajustadas anualmente.
Da Redação, com informações do Brasil de Fato