Os esquemas com laranjas estão alastrados pelo governo Bolsonaro e sua família, mas o primeiro a ser realmente afetado é o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que foi presidente do PSL durante a campanha eleitoral. Ele não parece ter reagido bem e soltou críticas ao chefe.
Bebianno teria dado carta branca para uma candidata laranja usar verba pública no valor de R$ 400 mil. Maria de Lourdes Falcão concorreu ao cargo de deputada federal em Pernambuco e segundo a prestação de contas da sigla, 95% da verba utilizada na campanha foi destinada a uma única gráfica.
Após ter sido humilhado publicamente pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro, que publicou áudios na internet para desmentir Bebianno, o ministro teria dito que se arrepende de ter trabalhado pela eleição de Jair.
“Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco”, teria dito a um interlocutor, segundo informou o G1. No texto, o interlocutor não identificado afirma que Bebianno teria reclamado do poder excessivo dos filhos sobre o presidente.
Em coluna do Jornal o Globo, Lauro Jardim afirma que Bebiano teria dito: “Perdi a confiança no Jair. Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil”. Aqui a versão é contraditória e no caso, Bebianno teria dito que o problema é o Bolsonaro pai. “O problema não é o pimpolho. O Jair é o problema. Ele usa o Carlos como instrumento. É assustador”, teria afirmado o ministro.
No sábado, ele ainda teria mostrado arrependimento ao trabalhar na eleições enquanto seu pai convalescia no hospital, vindo a falece, informou Guilherme Amado, da Época.
“Meu pai disse que era para eu trabalhar pelo Brasil, fazer o bem. Eu deixei de estar com meu pai na morte dele para estar com o Jair”, teria relatado Bebianno, em tom de cobrança, a um interlocutor em comum dele e do presidente.
Da Redação da Agência PT de notícias, com informações do G1, Época e O Globo