A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), dedicou parte de seu tempo a dar uma “humilde e rápida contribuição” ao colunista Vinicius Torres Freire, do jornal Folha de S. Paulo.
Em uma coluna intitulada “Economia tem melhor triênio desde 2013 e mal sabemos o motivo da melhora”, o jornalista diz não haver explicações para o robusto crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre, de 1,4% frente ao primeiro trimestre, com uma alta acumulada de 3,3% em um ano, conforme o IBGE.
Na referida coluna, a exemplo de outros porta-vozes dos interesses especulativos e nada republicanos do sistema financeiro, o jornalista insiste em ignorar o importante papel do investimento público como indutor do desenvolvimento, em nome do compromisso de defender a destrutiva e fracassada teoria neoliberal do Estado mínimo.
“Vinicius Torres Freire, colunista da Folha, diz que o PIB tem melhor triênio desde 2013 e não sabe a razão. Com todo respeito que lhe tenho, ofereço uma humilde e rápida contribuição”, disse Gleisi pela rede social Bluesky, antes de detalhar o conjunto de fatores que têm contribuído para os inúmeros avanços econômicos e sociais conquistados a partir da posse do presidente Lula.
A contribuição da parlamentar ao jornalista deixa claro o grande desserviço prestado pela coluna, que priva os leitores da compreensão sobre o processo de reconstrução do país, do qual eles próprios fazem parte, após a tragédia econômica e social patrocinada por Bolsonaro e Paulo Guedes.
Vinicius Torres Freire, colunista da Folha, diz que o PIB tem melhor triênio desde 2013 e não sabe a razão. Com todo respeito que lhe tenho, ofereço uma humilde e rápida contribuição.
Segue o fio:
— Gleisi Hoffmann (@gleisi.bsky.social) Sep 3, 2024 at 21:50
Veja, a seguir, a íntegra da postagem da presidenta do PT:
Vinicius Torres Freire, colunista da Folha, diz que o PIB tem melhor triênio desde 2013 e não sabe a razão. Com todo respeito que lhe tenho, ofereço uma humilde e rápida contribuição.
1) Não é milagre e tem explicação. O Estado brasileiro retomou seu papel de indutor da economia, especialmente com a política fiscal.
2) Foram restabelecidos os pisos constitucionais da saúde e educação, injetando recursos consideráveis na assistência ao povo brasileiro; o salário mínimo passou a ter reajuste real, tendo efeito importante na renda do povo e, especialmente dos aposentados.
3) A tabela do imposto de renda foi reajustada, isentando quem ganha até dois salários mínimos. O Bolsa Família teve aumento com recursos para crianças e adolescentes. A dívida das famílias foi renegociada através do Desenrola.
4) O crédito aumentou, com juros subsidiados, principalmente para o agronegocio e agricultura familiar. O BNDES também voltou a cumprir seu papel, ajudando setores importantes da economia.
5) O incentivo a indústria foi retomado, assim como os investimentos com efeito mais rápido na atividade econômica, como Minha Casa Minha Vida, que aqueceu a construção civil, geradora de milhares de empregos.
6) Isso fora outros programas que desoneram a renda da população brasileira, que ganha em média, majoritariamente, até dois salários mínimos. Cito aqui o Farmácia Popular, o Mais Médicos, o FIES… Tudo é renda, dinheiro circulando na economia com efeito multiplicador.
7) Em um país populoso como o nosso é impossível não ter efeito no crescimento do PIB. É economia popular que está gerando riqueza. Os pequenos negócios, o comércio, os serviços. A inflação caiu de 12% em abril de 2022 para 4,62 em dezembro de 2023 e continua caindo.
8) No acúmulo, até julho de 2024, a inflação foi de 2,87%, a menor desde 1998. Essa política poderia ser mais ousada, não fosse a estratosférica taxa básica de juros, que não se justifica e drena do orçamento público quase 700 bilhões por ano. Não é gastança, é estratégia de desenvolvimento.
9) O PIB de 2024 vai crescer mais que de 2023. Se acertarmos a política monetária e a Faria Lima parar de atacar a política fiscal, 2025 será ainda melhor. Esse é o compromisso do governo Lula, que foi eleito para governar para o povo.
Da Redação