Logo após o término das eleições de 2018, marcada pela produção em escala industrial de notícias falsas decisivas para que Jair Bolsonaro chegasse à Presidência, uma questão das mais urgentes veio à tona: qual será o futuro da comunicação na política? E é justamente para buscar as respostas deste impasse que o PT tem realizado encontros com lideranças do partido em diversos estados do Brasil.
Neste sábado (1º), foi a vez de Curitiba (PR) receber o evento organizado pela Secretaria Nacional de Comunicação do PT. E, a exemplo do que ocorreu no Piauí, Paraíba e Alagoas, a iniciativa levou ao centro do debate temas como uso de redes sociais, a busca permanente pela credibilidade na divulgação das notícias e o fortalecimento do que tem sido a marca registrada do partido: a formação participativa da militância.
“Nós não podemos ser um espelho do que eles fazem. A ideia não é fazer do mesmo jeito simplesmente trocando as ideias. A nossa experiência de rede é de um grau alto de consciência e com espaço para questionar a orientação. O PT é um dos poucos partidos em que a direção pode ser abertamente questionada. A nossa formação militante tem caráter de participação, não apenas de reprodução”, enfatiza o secretário Nacional de Comunicação, Carlos Árabe.
O dirigente tem sido o principal porta voz dos encontros realizados pelo partido e insiste em alertar a militância para a iminência em se pensar desde já as estratégias para evitar que a história de 2018 se repita durante as eleições municipais de 2020.
“Nós não podemos deixar para o ano que vem para ver qual será o nosso plano de comunicação para as próximas eleições. A gente não pode esquecer o fato de haver pessoas muito organizadas dentro das redes sociais da direita. Nós precisamos nos fortalecer para vencer esta disputa. Há um número enorme de gente envolvida na operação de extrema direita no Brasil via internet”, reitera Árabe.
Para além da forma, prossegue o secretário de Comunicação, também é preciso definir com inteligência o conteúdo a ser propagado neste embate narrativo. “Nós defendemos os princípios básicos da civilização hoje atacadas pelo governo Bolsonaro. Para enfrentar a destruição imposta pela extrema direita nós temos que insistir numa política de defesa da democracia e das liberdades e a comunicação é essencial”, conclui.
Da Redação da Agência PT de Notícias