Exemplo da vitalidade que revigora o Partido dos Trabalhadores (PT), a voz da juventude e de mulheres cada vez mais engrossa as fileiras do “Fora Bolsonaro”. Durante os protestos do último sábado, 29, um grupo de jovens foi alvo de ação repressora da polícia e de conservadores e moralistas de plantão.
Se em grandes centros, quem protesta contra o presidente da República não tem vida fácil, imagine na pequena cidade de Currais Novos, na região do Seridó, a 172 km da capital Natal, no Rio Grande do Norte?
Durante protesto na praça principal cidade de cerca de 50 mil habitantes, um grupo de mulheres jovens causou a ira de bolsonaristas e e da polícia, que agiu com truculência. Segundo Rayssa Aline, militante do PT na cidade, a polícia chegou rasgando os cartazes, situação revertida após contato com a corporação.
“Nós os enfrentamos. Ligamos para o major, conseguimos a ordem de retirada da PM e pudemos recolocar os cartazes na praça, nessa hora já amassados e rasgados”, disse Rayssa. “Mesmo assim, recolocamos como símbolo de resistência e da vitória de seis mulheres que enfrentaram autoridades para defender o direito de protestar”, afirma. Rayssa é educadora popular, mestrando Ciências Sociais e militante da Marcha das Mulheres.
O protesto ganhou repercussão e foi tema de discussão na Câmara Municipal de Currais Novos. Um dos 13 vereadores do Legislativo saiu em defesa das mulheres durante os atos do “Fora Bolsonaro”, ocorridos por todo o Brasil.
“É importante ressaltar o verbo ‘precisamos’. Só saímos às ruas em plena pandemia porque ‘precisamos’, porque Bolsonaro é mais letal que o vírus”, afirma Rayssa.
Da Redação