A maioria dos estudantes que participou do 55º Congresso da UNE, talvez nunca imaginou em suas vidas que viveria um processo de ruptura democrática, como viveram seus pais. Uma ruptura não causada por um golpe militar como em 64, mas ainda assim um golpe. Promovido com os mesmos objetivos: de retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, e servir aos interesses das elites.
Quis a história, que na mesma Belo Horizonte de 1966, em que se realizou clandestinamente o 28º Congresso da UNE, que elegeu José Luís Moreira Guedes presidente, como forma de resistência ao golpe militar de 64, os estudantes novamente se organizassem e, desta vez, através de uma chapa de unidade composta pela maioria de movimentos que compõem a Frente Brasil Popular, elegessem a estudante Marianna Dias sua nova presidente, em demonstração de organização e resistência aos desafios impostos pela conjuntura de retrocessos vividos nos dias atuais.
As ruas, as praças e o Ginásio do Mineirinho fizeram ecoar as vozes de mais de 15 mil estudantes, dispostos a discutir os temas da conjuntura nacional e apontar caminhos para os desafios da educação no país, provando estar presente mais uma vez, o movimento estudantil.
Apoiada pela grande maioria das forças da juventude do PT, a chapa Frente Brasil Popular, representou a unidade dos movimentos que estiveram nas ruas, resistindo ao golpe, e posteriormente, contra as reformas, os projetos de retiradas de direitos e toda a agenda neoliberal do governo ilegítimo de Michel Temer. A unidade do conjunto de forças políticas que compreende que neste momento urge a necessidade de uma unidade dos campos de esquerda e progressista.
Dentre as posições propostas pelos militantes da JPT, foram aprovadas as resoluções que apontaram o reestabelecimento da legalidade e da democracia, a defesa e a candidatura do presidente Lula, o “Fora Temer” e as “Diretas Já!”.
A militância petista e a Juventude do PT desejam a nova presidenta da UNE, Marianna Dias, uma grande gestão, que terá apoio e participação da maioria das forças da JPT, e que esta nova gestão da União Nacional dos Estudantes siga reafirmando sua vocação histórica de liderar as lutas dos estudantes brasileiros. A UNE SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!
Por Gleisi Hoffmann, Presidenta Nacional do PT, e João Paulo Farina, Secretário Nacional da JPT