Nos últimos anos, o Brasil foi vítima de dois governos inimigos do desenvolvimento. Com Michel Temer e Jair Bolsonaro, a defesa cega de um “Estado mínimo” fez os investimentos públicos despencar. Resultado: de 2017 a 2022, o crescimento médio do PIB foi cerca de 1,5% ao ano.
O baixo crescimento, como consequência, trouxe de volta a fome, que atingiu 33 milhões de brasileiros em 2022, e o desemprego, que fechou o ano passado em 9,5%, índice acima da média dos países da OCDE (4,9%), dos países de renda média alta (5,8%) e da América Latina e Caribe (7,0%).
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O governo Lula já mostrou em 2023 que o país pode crescer mais quando o Estado cumpre sua função de indutor da economia. Graças à PEC da Transição, que corrigiu o orçamento catastrófico que havia sido elaborado por Bolsonaro, foi possível ampliar investimentos e aumentar a renda da população, fazendo com que mais dinheiro circulasse na economia.
Se o Brasil está prestes a fechar o ano com crescimento em torno de 3% e quase 2 milhões de empregos formais criados, é porque o governo Lula retomou a política de valorização do salário mínimo, isentou do imposto de renda quem ganha até R$ 2.640; livrou milhões de pessoas das dívidas com o Desenrola Brasil e, principalmente, lançou um ambicioso plano de investimentos: o Novo PAC.
Geração de empregos
A nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento foi apresentada em agosto e imediatamente começou a mover a roda da economia, como gosta de dizer o presidente Lula. As 14 mil obras que Bolsonaro deixou paradas foram retomadas, incluindo milhares de unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida.
Além disso, os governadores de todos os estados e do Distrito Federal puderam apontar três obras prioritárias, que também foram iniciadas. Até o fim de 2027, o Novo PAC terá injetado na economia brasileira R$ 1,7 trilhão, de origem pública e privada, com potencial de gerar 4 milhões de postos de trabalho em todo o país.
Por ser um programa tão importante, o Novo PAC se tornou umas das prioridades do Plano Plurianual (PPA), lei que vai definir as diretrizes do orçamento federal nos próximos quatro anos.
Crescimento distribuído
O programa foi organizado em nove eixos, que vão de transporte público sustentável e melhoria da estrutura das cidades até apoio à saúde, educação e neoindustrialização (leia mais aqui). E sempre com a preocupação de que se reduzam as desigualdades sociais e regionais.
Com ele e uma série de outras ações, o governo Lula acredita que o crescimento médio do PIB, de 2024 a 2027, pode chegar a 2,5% ao ano. E o melhor: um crescimento dividido com toda a população, como disse Lula ao lançar o programa: “O que der certo nesse país tem que ser dividido com o conjunto da população brasileira. A gente não pode repetir o milagre brasileiro, em que a economia chegou a crescer 14% ao ano, e o povo continuava pobre e miserável”.
“É importante que os empresários tenham clareza, que os políticos tenham clareza, e que o governo tenha clareza: aquilo que for resultado dos ganhos que nós fizermos acontecer nesse país têm que ser repartidos com a população brasileira para que as pessoas melhorem de vida”, completou o presidente.
Da Redação