A percepção dos brasileiros e brasileiras sobre discriminação por gênero e raça no mercado de trabalho aumentou. Segundo pesquisa da Oxfam Brasil com o Instituto Datafolha, 64% enxergam que “mulheres ganham menos por serem mulheres” e 52% que “negros ganham menos pelo fato de serem negros”, além disso, 72% concordam que a cor da pele tem influência para as empresas na contratação de funcionários.
Reportagem do Globo mostra que houve aumento considerável em relação a última pesquisa, divulgada em 2017. Na época, 57% dos entrevistados enxergavam discriminação por gênero no mercado de trabalho, e 46% por raça.
Obviamente, as mulheres têm maior percepção sobre discriminação por gênero no mercado de trabalho (69%), enquanto os homens são 58%. Assim como pessoas autodeclaradas pretas são a maioria entre os que acreditam que negros ganham menos por causa de sua cor (57%).
Dados do IBGE mostram que mulheres ganham, em média, 20,5% menos que os homens e a renda das pessoas brancas é 76% maior que a dos negros.
De acordo com o estudo “trata-se de diferença relevante, que marca o contraste da maior percepção de quem mais sofre com o racismo. Ainda assim, entre brancos é predominante o grupo daqueles que responderam concordar com a existência de racismo no mercado de trabalho em relação àqueles que discordam”.
Ainda segundo o levantamento, a maior parte da população concorda que a cor da pele tem influência em abordagens policiais, traz maiores dificuldades à vida de pessoas pobres e afeta o tipo de tratamento dado pela Justiça.
O levantamento da Oxfam com o Instituto Datafolha entrevistou 2.086 pessoas de 130 cidades de todas as regiões do Brasil, entre os dias 12 e 18 de fevereiro de 2019.
Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do Globo