Parlamentares do PT usaram as redes sociais nesta quarta-feira (18) para criticar a proposta de Jair Bolsonaro (PSL), que autorizou investimento de R$ 4,7 bi só na criação de vantagens para a carreira dos militares, montante de benefícios que serão destinados à reforma previdenciária das Forças Armadas. Enquanto isso, à educação, e aos programas sociais criados por Lula e Dilma, o governo de extrema direita reduziu os investimentos.
Os cortes nos orçamentos no Minha Casa Minha Vida, Fies, Bolsa Família, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e o aumento do investimento na área militar foram comentados por petistas. O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) destacou a aprovação do convite ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para explicar os cortes e a execução orçamentária na educação. “Hoje (18), vamos aprovar na Comissão de Educação a convocação do ministro Paulo Guedes. A proposta de orçamento da educação para 2020 é vergonhosa, seguem tirando dinheiro das áreas que mudam a vida das pessoas, sempre com intuito de pagar juros aos especuladores da dívida ativa”, ressaltou Zeca.
Assim como Dirceu, Pedro Uczai (PT-SC) criticou a falta de investimentos do governo na educação. “No Plenário da Câmara dos Deputados chamei a atenção dos meus colegas de Parlamento para o que está acontecendo com as universidades e institutos federais. O governo Bolsonaro está asfixiando as instituições com cortes no orçamento a fim de inviabilizá-las”, destacou.
A quantidade de verba que o governo se propõe a destinar aos militares preocupa também o deputado Joseildo Ramos (PT-BA). “É preocupante a prioridade de um presidente que corta verbas da educação e da pesquisa científica, mas que, em contraponto, investe pesado em vantagens para militares”, comparou.
A deputada Erika Kokay (PT-DF) e a professora Rosa Neide (PT-MT) também criticaram a proposta de Bolsonaro para os militares, que ainda segue em tramitação na Câmara dos Deputados.
Cortes nos programas sociais
Em meio ao recorde de desaprovação na última pesquisa Datafolha, o governo de Jair Bolsonaro anunciou novos cortes nos recursos destinados a diversos programas sociais, como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Fies, na previsão orçamentária para 2020. O maior será no programa habitacional, com previsão de somente R$ 2,7 bilhões para o próximo ano ante os R$ 4,6 bilhões de 2019. Criado há 10 anos, orçamento de Bolsonaro para o Minha Casa Minha Vida é o menor da história.
De 2009 a 2018, a média destinada ao programa habitacional era de R$ 11,3 bilhões por ano. Em 2019, o ritmo do Minha Casa Minha Vida já sofreu mudanças e se mostrou bem menor que em anos anteriores.
O Bolsa Família também será atingido. Para 2020, estão reservados ao programa R$ 30 bilhões, mas com redução no número de beneficiados de 13,8 milhões de famílias para 13,2 milhões.
Por PT na Câmara