Depois de seis aumentos na gasolina, diesel e no etanol, e do reajuste, na sexta (2), de 5% no preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP) para as distribuidoras, a Petrobras anunciou nesta segunda (5) mais uma remarcação de preço. Desta vez, de 39% sobre os preços de venda de gás natural para as distribuidoras. O aumento passa a valer em 1º de maio.
As atualizações dos preços do gás natural ocorrem a cada três meses, e a política de dolarização dos valores determinou a decisão. “A variação decorre da aplicação das fórmulas dos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio”, afirmou a Petrobras em nota.
Segundo a estatal, o petróleo acumulou alta de 38% entre janeiro e março, meses que são referência para o atual reajuste. “Durante esse período, o petróleo seguiu a tendência de alta das commodities globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real”, explicou a nota da empresa.
Os preços de gás natural também incluem o repasse dos custos com o transporte do produto até o ponto de entrega às distribuidoras. Essa parcela do preço é atualizada anualmente em maio pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). No período (março de 2020 a março de 2021), o índice subiu 31%.
A empresa ressaltou que “o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”. O repasse ao consumidor depende da legislação de cada estado.
Neste ano, a Petrobras já reajustou a gasolina em 46,2%, o diesel em 41,6% e o GLP em 17%. Com mais esse aumento, o impacto sobre a inflação será em efeito dominó. Insumo importante para indústrias e termoelétricas, o gás canalizado também é utilizado como matéria-prima de alguns produtos. Elevação de custos para indústrias resultam em repasse para os preços ao consumidor.
Da Redação