Além de participar timidamente dos leilões do Pré-sal, permitindo que as reservas brasileiras fossem assumidas por empresas como Shell, Exxon e Chevron, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, decidiu fechar um acordo com a Justiça dos Estados Unidos para que a estatal brasileira pague US$ 2,95 bilhões – o equivalente a R$ 10 bilhões – a investidores norte-americanos.
Segundo informações da “Agência Estado”, a Petrobras fechou acordo, em Nova York, para suspender uma ação coletiva movida por grupo de acionistas e detentores de títulos da estatal, em decorrência de prejuízos provocados por seu envolvimento nos desvios de recursos investigados pela Operação Lava-Jato.
A companhia concordou em pagar US$ 2,95 bilhões aos investidores, em duas parcelas de US$ 983 milhões e uma de US$ 984 milhões. Os detalhes do acordo estão em fato relevante divulgado nesta quarta-feira (3) ao mercado.
Ainda segundo a matéria, a ratificação do acordo depende de decisão do juiz Jed Rakoff, da primeira instância da Justiça americana, mas a tendência, uma vez que houve acordo entre as partes, é que ele aprove a admissão inicial do acerto. Feito isso, dez dias depois, a estatal brasileira pagará aos participantes da ação coletiva um terço do valor negociado.
Para o deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, a decisão de Pedro Parente demonstra que ele assume a Petrobras como culpada pelos casos de corrupção, e não as empreiteiras. Ele ainda apontou que “o assalto foi comandado dos EUA”, em referência à venda do Pré-sal e ao desmonte da estatal brasileira.
Da redação da Agência PT de notícias