Em entrevista à Rádio Guaíba do Rio Grande do Sul, nesta quarta (8/8), Fernando Haddad, candidato à vice-presidência na chapa de Lula e seu porta voz, reafirmou a candidatura do ex-presidente e apontou que Lula é a antítese de tudo o que representam Temer e o PSDB. Haddad afirmou que a chapa está realizando todos os esforços para fazer cumprir o código eleitoral, que prevê que candidaturas sub judice têm as mesmas prerrogativas de quaisquer outras, e que portanto a Justiça deve liberar a participação do presidente do primeiro ao último debate.
“Lula já disse que se até o dia 15 acharem alguma prova contra ele, qualquer prova, ele se retira. Ele sabe que não há nada. Nós não podemos aceitar que um processo como esse tire da corrida presidencial a pessoa que mais pode trazer a esperança ao povo brasileiro de novo”, disse Haddad. O ex-prefeito de São Paulo afirmou que será um orgulho poder ceder o lugar de vice a Manuela D’Ávila quando Lula for confirmado candidato.
Ele ressaltou ainda o papel político de vice-presidentes, diferenciando Temer de José Alencar, vice-presidente de Lula nos dois primeiros mandatos. “Nunca vi o Zé de Alencar reclamar de ser vice, ele tinha um papel extraordinário. O Temer se declarou um vice decorativo pra impor uma conspiração e perpetrar um golpe de estado contra a presidenta Dilma”, completou ao lembrar que Temer se aliou ao PSDB para trair a consolidar o golpe, destacando a importância de não reeleger a base do governo golpista.
Sobre o Plano de Governo, do qual é coordenador, Haddad afirmou que o PT reconhece o tamanho da crise criada pelo governo ilegítimo de Temer, relembrando que a era Lula foi campeã no ajuste das contas públicas sem prejudicar os de baixo e na inserção dos pobres no orçamento. Fernando Haddad falou sobre a pauta da justiça fiscal e do acesso ao crédito: “Precisamos liberar credito para a população mais pobre para fazer a economia se movimentar.
Sobre a reforma da Previdência, ele relembrou que o presidente Lula sabe fazer ajustes sem prejudicar os baixos. “Temer quis cortar aposentaria rural. Isso não é reforma, é afetar justamente os mais pobres, os trabalhadores do campo”. Haddad ainda falou sobre a proposta de democratização da mídia e sobre os enormes avanços na área da edução no governo Lula.
Sobre um possível segundo turno, Haddad reafirmou contar com o futuro apoio de Ciro Gomes (PDT), que ” é um homem comprometido com o futuro do país, que jamais trairia suas convicções por interesse eleitoral”.
Por Lula.com.br