Jair Bolsonaro parece determinado a levar adiante mais uma proposta que terá efeitos drásticos no futuro da população brasileira. Ao ignorar todos os alertas sobre as consequências da injustificável destruição da Previdência, o atual mandatário do governo federal trai mais uma vez a confiança do seu próprio eleitorado e coloca em risco a aposentadoria de milhões de brasileiros.
Como se não bastasse aumentar o tempo de contribuição do trabalhador, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) se torna ainda mais grave quando o o assunto é a vida da camada mais velha da população, já que a equipe econômica do governo parece disposta a cometer os mesmos erros do Chile (referência para Bolsonaro) ao reduzir o Benefício de Prestação Continuada (BPC) para apenas R$ 400, menos da metade de um salário mínimo.
Vale lembrar que nove em cada dez aposentados chilenos recebem o equivalente a menos de 60% do salário mínimo local, o que levou o país um surto de suicídios de idosos.
Na proposta concebida por Paulo Guedes, o governo quer desvincular o valor do BPC/Loas (Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica de Assistência Social) do valor do salário mínimo nacional, o que significa afetaria cerca de 2 milhões de idosos e outros 2,6 milhões de pessoas com deficiência. Somados, essas duas camadas da população representam 13,2% do total de beneficiários.
A PEC da reforma da Previdência, se passar pela CCJ, deve ainda ser encaminhada a outras comissões antes de ir ao Plenário da Câmara. A aprovação, por se tratar de emenda, necessita da manifestação favorável de três quintos em dois turnos distintos de cada casa. Se for aprovada na Câmara, mas modificada no Senado, deve retornar à casa inicial.
Da Redação da Agência PT de Notícias