Jair Bolsonaro (PSL) e Paulo Guedes estão anunciando aos quatro ventos que a reforma da Previdência proposta por eles trará uma economia de R$ 1 trilhão aos cofres públicos em dez anos. A dupla, porém, não explica que 75% da suposta economia vai sair do bolso dos trabalhadores mais pobres, e com isso aprofundar ainda mais a desigualdades social e econômica no Brasil, conforme destacou a Carta Capital.
A reforma de Bolsonaro, que vai acabar com a aposentadoria dos brasileiros, não vai eliminar os privilégios dos mais ricos, muito pelo contrário. A proposta vai tirar direitos e esvaziar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), reduzindo drasticamente os benefícios pagos à população urbano e rural, o Benefício assistencial ao idoso e à pessoa com deficiência (BPC) e do Abono Salarial. Em outras palavras: a suposta economia sairá do bolso dos trabalhadores mais pobres, do povo.
O ex-ministro da Previdência dos governos Lula e Dilma, Carlos Gabas, lembrou que o modelo que Bolsonaro e Guedes pretendem adotar está levando outros países ao colapso. “Atualmente no Chile 79% das pessoas que conseguem chegar à aposentadoria recebem menos do que o salário mínimo, sendo que 44% deste conjunto vive abaixo da linha de pobreza. É este modelo que querem empurrar goela abaixo no Brasil, um sistema que gera pobreza e miséria”, explica.
Ele ainda complementa. “O que o Bolsonaro e o Paulo Guedes estão propondo é entregar a Previdência para os bancos, para a iniciativa privada e para o capital especulativo, o que vai aumentar a desigualdade social, a exclusão e a concentração de renda.”
O plano de Bolsonaro e de Guedes, é fazer com que o povo pague o preço de uma dívida que enriqueceu muitos setores e manteve os ricos ainda mais ricos. Ao povo, que sempre batalhou para viver o fim da vida com dignidade, caso esta reforma seja aprovada, só restará trabalhar até morrer ou morrer de trabalhar.
Sonegação é equivalente a cinco reformas da Previdência
A Bancada do PT no Senado apresentou o PL 1537/2019 para tornar mais rígida a punição aos que burlam o pagamento de impostos. Responsável por sangrar os cofres públicos em R$ 500 bilhões por ano, a sonegação precisa receber um tratamento mais condizente com os prejuízos que causa à sociedade, segundo os senadores. Ao longo de uma década, o combate aos grandes sonegadores poderia acumular R$ 5 trilhões, ou cinco vezes o que seria supostamente economizado com a devastadora reforma da Previdência.
“Ataquemos esse ralo por onde escoam R$500 bilhões por ano, que poderiam ser usados para tornar a Previdência Social sustentável e investir em projetos de segurança pública que deem combate efetivo à criminalidade e reduzam de forma inteligente os nossos trágicos índices de violência”, declarou o Líder do PT no Senado, Humberto Costa.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Carta Capital