“O nosso time não é o time da Primavera das Mulheres só porque temos mulheres. O nosso time é o único que tem um projeto para o país. E não existe um projeto sem a participação das mulheres nele, já que representamos mais da metade da população”, a afirmação é da candidata à vice-presidente, Manuela D’Ávila durante o ato político Primavera das Mulheres, que aconteceu nesta terça-feira (25), em São Paulo.
Centenas de mulheres se reuniram na Praça da República e saíram em caminhada até a Praça Ramos de Azevedo para defender a representatividade feminina na política do país e repudiar candidatos que pregam discursos de ódio e de violência contra a mulher.
Entre coros de “Eu tô com eles, eu tô com ela, eu tô com Lula, Haddad e Manuela” o povo enfervecido fez do ato um local de levantamento de pautas necessárias para o público feminino.
Entre as exigências, uma das mais recorrentes foi a necessidade de combater a violência contra as mulheres. Durante suas falas a chapa mais querida do Brasil fez questão de dizer que essa pauta sempre foi uma das grandes prioridades dos governos do PT e agora será retomada pelo Plano de Governo de Manuela e Haddad, que consolidará políticas de enfrentamento a esse tipo de agressão, já criadas por administrações petistas anteriores mas que foram desmontadas pelo golpe.
Criação de mais empregos, creches, mais moradias, saúde, educação de qualidade, valorização das universidades foram outros pontos colocados pelas mulheres que integravam a manifestação. Todos estes muito bem trabalhados no Plano de Governo de Haddad e Manu, que tem como uma das principais metas inaugurar um novo período histórico de afirmação de direitos.
A professora Ana Estela Haddad, que tem exercido papel fundamental na campanha da coligação, também prestigiou o ato com sua presença e garantiu que “vamos trazer de volta os governos que mais olharam pelas mulheres, que foram os do PT.”
Recebida pelo público com muito carinho, ela esclareceu que a importância da representação feminina no governo é uma questão de urgência para todo mundo. “Quando a gente beneficia as mulheres, a gente beneficia a sociedade como um todo. Estamos juntos e vamos em frente. O Brasil vai vencer”.
A candidata à vice-governadora, Ana Bock, também esteve presente e garantiu que “nosso compromisso é fazer um governo para as mulheres e com as mulheres”.
Durante o ato, as presentes aproveitaram a ocasião para denunciar o assassinato de Marielle Franco, que continua sem conclusão há mais de seis meses do ocorrido, e a prisão injusta de Bárbara Quirino, jovem negra condenada por assalto mesmo depois de provar que não estava na cidade no momento em que o crime foi cometido.
Depois de gritos e mais gritos de #EleNão, em denúncia a campanha fascista do candidato do PSL que propaga discursos de ódio, o Manifesto Primavera das Mulheres foi lido em apoio à todas as mulheres e as candidaturas de Haddad e Manuela.
“Somos mulheres, sinônimo de resistência e luta. Somos diversas e de todas as regiões do país, da cidade, do campo, da floresta e das águas. Nessas eleições nosso voto será decisivo para resgatar a esperança e a felicidade do povo brasileiro. Somos a maioria da população E vamos virar o jogo! Juntas, com Haddad e Manuela, vamos derrotar o ódio, a intolerância, o fascismo, retomar a democracia e o caminho do desenvolvimento e geração de empregos”.
O ato foi encerrado pelo discurso de Manuela D’Ávila após receber flores e poesias de um grupo de mulheres. Em sua fala, reafirmou o importante papel da mulher na sociedade e a necessidade de lutar para que ele seja reconhecido. “Somos nós que ficamos nas filas, somos nós que largamos os empregos quando não há creches disponíveis. É um direito das crianças? É. Mas é um direito que interfere diretamente em nossas vidas, metade das mulheres quando são mães não conseguem emprego com CLT no primeiro ano de vida das crianças”.
O direito à creche, já conquistado pelos governos petistas é um dos objetivos de Manu, que junto com Haddad, entende que o equipamento contribui diretamente para a autonomia feminina.
“O nosso Brasil é o Brasil de todas as brasileiras e todos os brasileiros. Nós faremos esta linda primavera florescer porque o povo quer ser feliz de novo”, finalizou Manuela.
Por Jéssica Rodrigues da Agência PT de Notícias