A nova investida criminosa da Lava Jato, desta vez contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, escancara ao mundo os métodos nefastos da Operação para levar adiante uma perseguição política sem precedentes na história do país.
O caso é tão escandaloso que atropela até mesmo o posicionamento do procurador da República no Distrito Federal, Ivan Cláudio Marx revelada durante entrevista ao Estado de São Paulo em 2017. Para Marx, a delação do empresário Joesley Batista (dono da JBS) – usada como justificativa para que a Polícia Federal solicitasse a prisão preventiva da Dilma – nunca apresentou qualquer prova contra a ex-presidenta, tampouco contra Lula.
A solicitação da PF desta semana, como se sabe, foi prontamente barrada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. “Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal”, declarou Dilma em nota divulgada nesta terça (5).
No texto, a ex-presidenta também afirma que “o pedido de prisão é um absurdo” que “autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça”.
Marx, que ouviu o empresário em junho daquele ano, deixa claro que requereu a ele documentos que pudessem comprovar o que havia delatado contra os dos ex-presidentes petistas, o que não aconteceu. Somada à falta de prova material, o procurador vê no próprio depoimento de Batista como “inalcançável”.
“É uma história meio absurda desde o início. Ele não tem nada. Essa história não tem pé nem cabeça. Não tem como provar.”, reiterou Marx.
O procurador ainda lembra que não há nenhuma mensagem, gravação ou outro tipo de prova a respeito dos envolvimentos de Lula e Dilma. “Ele só tem a palavra dele. Não tenho como ‘condenar’ ninguém com a palavra dele”, afirmou.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do Estado de São Paulo.