O próximo domingo (31) será dia nacional de mobilização que dará início a uma série de manifestações populares para barrar o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff (PT). O PT convoca todos os militantes a favor da democracia e todos os setores de esquerda e progressistas a ocupar as ruas de todo o Brasil.
Dia 31, domingo, é a data que marcará o início desta jornada. A convocação foi feita pela Frente Povo Sem Medo, com o nome “Fora Temer! O povo deve decidir! Defender nossos direitos! Radicalizar a democracia!”. Os atos deste domingo já estão com mobilizações confirmadas em diversas cidades de 24 estados brasileiros e no Distrito Federal. Clique aqui para saber onde serão os pontos de concentração.
No dia 5 de agosto, as manifestações contra o golpe e em defesa dos direitos sociais serão em São Paulo e no Rio de Janeiro. No dia 9, os atos acontecerão nas principais cidades de todo o país.
“Desde que o governo golpista assumiu, a cada dia aparecem notícias revelando a intenção de destruir as conquistas e os direitos sociais”, alerta o presidente do PT, Rui Falcão, ao fazer o convite para a mobilização.
Mudanças impopulares na aposentadoria, privatização do patrimônio nacional, regulamentação das tercerizações e alterações anunciadas na CLT como forma de ataque aos direitos trabalhistas são algumas das medidas ilegítimas promovidas pelo governo golpista de Michel Temer.
Segundo Rui Falcão, uma das mais graves ameçadas do golpe é a entrega da Petrobras ao capital estrangeiro. “É preciso impedir que este governo continue. E por isto vamos trazer a presidenta de volta. Vamos assentuar e aumentar as mobilizações”.
Além de alertar para a perda de direitos e conquistas sociais, as manifestações denunciarão o golpe articulado pelo vice-presidente Michel Temer, já que não existiu crime de responsabilidade para justificar um afastamento. “Defendemos a volta da presidenta Dilma para que ela cumpra o mandato legítimo que o povo lhe conferiu e assuma por meio de uma carta ao povo brasileiro um programa de mudanças democráticas e populares”, afirmou Bruno Elias, secretário nacional de movimentos populares do PT.
Para o secretário, é inaceitável que a presidenta seja destituída por um conluio de corruptos. Citou ainda outras medidas de Temer que revelam o retrocesso: congelamento das políticas sociais, sabotagem da integração regional e ameaças ao SUS e à educação pública. “As mobilizações devem exercer a pressão necessária para barrar o impeachment no Senado e explicar para a população sobre os riscos que representam o golpe para os direitos e para a vida dos trabalhadores”, disse.
Em sua defesa, Dilma reforça que “nunca, em nenhum país democrático, o mandato legítimo de um presidente foi interrompido por causa de atos de rotina da gestão orçamentária”.
Da Redação da Agência PT de Notícias