Com energia elétrica privatizada, São Paulo sofre novo apagão e causa transtornos para 35 mil moradores, além de hospital, aeroporto, universidade, escolas, comércio, residências. Nos últimos quatros dias, é a terceira ocorrência de falta de energia na cidade, que enfrenta uma onda de forte calor. O governo federal pediu uma apuração urgente dos fatos que resultaram no apagão.
Em seu Twitter, o deputado federal Carlos Zarattini (PT/SP) denuncia o descaso da companhia que, inclusive, cortou 36% dos seus funcionários desde 2019, conforme dados publicados pela CNN e UOL. “A Enel alegava que o apagão de janeiro tinha sido um “evento extremo”. E agora? Congonhas apagado, 25 de março apagada e hoje o centro apagado. Cadê o evento extremo?”, cobrou.
LEIA MAIS:
“É só privatizar que melhora (?). O prefeito perdido pelos camarotes, o governador de passeio em Israel, enquanto isso SP passa DE NOVO pela falta de energia elétrica. A conta sai cara para a população. Chega de apagão! Chega de Tarcísio e Nunes!”, questionou o deputado federal e secretário Nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto.
Nas redes sociais, os usuários reclamaram das dificuldades frente ao apagão e fizeram comentários irônicos sobre o “sumiço” do prefeito e também da ausência do governador Tarcísio de Freitas, de passeio em Israel.
A falta de energia elétrica também atingiu semáforos da Avenida Angélica e de outras ruas de Higienópolis. Na Faculdade de Medicina da Santa Casa, as aulas foram suspensas, e moradores também reclamaram do sinal de internet nos celulares.
Alvo de CPI
A concessionária Enel é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa de São Paulo, e poderá ser investigada também pela Câmara Municipal de SP.
A vereadora Luna Zarattini (PT-SP) apresentou requerimento solicitando a instalação de uma CPI para investigar a Enel por apagão no atendimento a consumidores, em novembro de 2023.
A Enel tem sido alvo de constantes críticas e pedidos de investigação no Estado São Paulo, onde atende a cerca de 2,1 milhões de clientes, por praticar preços altos e demora e qualidade de atendimento.
Atualmente, a concessionária fornece eletricidade para a capital e outros 23 municípios da região metropolitana de São Paulo. A empresa diz que a redução do quadro de funcionários (36%) não afetou o atendimento à população.
Da Redação, com informações do G1 e Agência Brasil