O descontrole financeiro diante da má gestão econômica do governo de Bolsonaro afeta o país inteiro, mas principalmente as mulheres que chefiam suas famílias.
De acordo com um levantamento da empresa Paschoalotto, especializada em cobrança de débitos, a recessão feminina atinge 70% dos endividados no Brasil.
Em entrevista ao Estadão, o economista-chefe da empresa que realizou a pesquisa, Reinaldo Cafeo, as mulheres assumiram as contas durante a pandemia da Covid-19, mas como a renda é insuficiente, não conseguem arcar com todos os gastos da família.
“O número de mulheres que chefiam seus lares cresceu nos últimos anos e alguns fatores explicam a inadimplência mais frequente entre elas”.
Ele explica que o comprometimento com as contas são as do dia a dia. As outras como cartão de crédito, carnês e financiamentos, ficam em aberto, e assim, as dívidas acumulam.
Outro dado do levantamento é de que 38% dos endividados têm entre 25 e 51 anos. As dívidas mais frequentes são as de cartão de crédito e financiamentos.
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Famílias com a corda no pescoço
Além das mulheres, que atingem o topo do endividados no país, o endividamento no mês de julho afeta 78% das famílias.
Conforme uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta segunda-feira (8), 29% das famílias estavam inadimplentes no mês de julho.
São os maiores índices já registrados na história da pesquisa, que começou a ser feita em 2010. Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que esse resultado mostra que o governo não consegue apresentar soluções duradouras para a crise.
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Da Redação, com informações do Estadão