Representantes da oposição também criticaram, nesta quinta-feira (10), o pedido de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feito pelo Ministério Público de São Paulo. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (10), os promotores José Carlos Blat, Cássio Conserino e Fernando Henrique Araújo informaram que ofereceram a denúncia contra o ex-presidente.
Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), é preciso ter “prudência” neste caso.
“Não estão presentes os fundamentos que autorizam o pedido de prisão preventiva, até porque o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizeram buscas e apreensões muito recentemente buscando provas. Vivemos um momento incomum na vida nacional. É preciso ter prudência”, disse, em nota à imprensa.
O deputado Alessandro Molon (Rede) disse não ser preciso preservar a Constituição Federal e os direitos fundamentais.
“O pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, fundado na reprovação a excessos verbais do investigado, é outro atropelo à lei e à Constituição, ainda mais grave. Prisão preventiva é exceção, para qualquer pessoa. Exige, portanto, riscos reais para a apuração dos fatos’, disse.
“O que está em jogo é o Estado Democrático de Direito, o papel que nele a Justiça vai jogar neste momento conturbado de nossa história. Não é razoável que ela saia da posição de árbitro ponderado e vista a camisa de um time, qualquer que seja. Acima de quaisquer diferenças que haja entre os brasileiros hoje, devemos preservar o pacto que nos une como nação: nossa Constituição e os direitos fundamentais que ela protege.”, completou.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o senador Agripino Maia (DEM) também reprovou a ação.
Já o senador Aloysio Nunes (PSDB) elogiou a manifestação de Cássio Cunha Lima contrária ao pedido de prisão. Para ele, Lima fez bem em reprovar a “precipitação persecutória do pedido de prisão preventiva de Lula”. Segundo Nunes, esse tipo de atitude gera uma tensão inútil, e “não favorecem o curso da justiça e comprometem o prestígio de suas decisões”.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão; o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa; e o Instituto Lula também se manifestaram sobre o assunto.
Da Redação da Agência PT de Notícias