Destruição da Previdência, subserviência aos EUA, entrega sistemática do patrimônio público, aumento do desemprego e política internacional em completo descontrole. Como se vê, razões não faltam para colocar em xeque um governo prestes a entrar apenas em seu terceiro mês, mas que já escancara o despreparo de Jair Bolsonaro para conduzir o país de volta ao desenvolvimento.
A política de retrocessos em vigor foi um dos temas abordados pelo líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, e pela presidenta do partido, Gleisi Hoffmann, nesta quinta (28) logo após visita a Lula em Curitiba. “É uma vergonha para o mundo inteiro o que acontece com o Brasil com a destruição da aposentadoria, a entrega do nosso patrimônio, a retirada de direitos e o alinhamento automático com o governo Trump, inclusive abrindo mão com as relações comerciais que o país tinha construído”, critica Gleisi à militância da Vigília Lula Livre.
Para a presidenta do PT, tal cenário sugere a necessidade de aumentar o diálogo com o povo, que cada vez mais tem percebido o quão nocivo tem sido o desgoverno de Jair: “O que temos de fazer é falar com o povo, explicar o que está acontecendo. As pessoas estão vendo a destruição do país e sairá cada vez mais às ruas para não perder ainda mais direitos”.
Quando se fala em lutas populares, prossegue Gleisi, logo vem à tona a imagem do maior líder que o Brasil já teve. “Lula significa um tempo de prosperidade para o povo como nunca antes em 500 anos de história. Falar de Lula, lutar por Lula, é fundamental, porque ele é o símbolo de um Brasil que deu certo. Vocês acham que Lula estaria preso se não oferecesse este risco? Lula está preso porque mexe com o coração com o povo”.
Paulo Pimenta complementa ao dizer diz que, além de simbolizar a era mais gloriosa da política brasileira, Lula é sempre uma inspiração para seguir em mobilização permanente diante de tamanha crise institucional. “Visitar Lula sempre é algo inspirador. Lula já está aqui há quase um ano. A gente tem consciência do papel histórico. É uma visão que o mundo inteiro tem sobre o Brasil”, reitera.
Um dos parlamentares mais combativos na luta para desmascarar as aberrações jurídicas contra o ex-presidente, Pimenta lembrou do testemunho de parlamentares europeus transmitido à comitiva do PT em visita recente ao Continente. “As pessoas perguntavam no Parlamento Europeu se é verdade que o juiz que condenou Lula sem provas virou ministro do candidato que se elegeu porque Lula não pôde concorrer. Para eles, fica difícil de acreditar”.
Além da importância em manter a luta permanente pela libertação de Lula, o líder do PT na Câmara corrobora com o posicionamento de Gleisi de que é cada vez maior a necessidade de enfrentar os retrocessos impostos pelo governo das fake news. “Perda da soberania nacional, a entrega da exploração do pré-sal ao capital estrangeiro, da Amazônia para fins comerciais…Ainda tem a Venezuela. O que o Brasil está fazendo lá? Com certeza, simplesmente fazendo papel de capacho dos EUA. O momento em que vivemos nos desafia a dar conta do que temos que fazer daqui para frente para evitar a destruição completa do país”, conclui.
De Lula para Lirani
O ex-presidente Lula soube do falecimento da professora Lirani Franco, militante da Marcha Mundial das Mulheres e membro da direção do sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná. Ciente de seu papel na luta feminista e da presença quase sempre garantida na Vigília, a companheira motivou recado sincero e comovente de Lula a todos que sabiam do papel de Lirani na resistência. Leia a carta:
“Aos companheiros que hoje sofrem pela perda da nossa guerreira Lirani, queria estar em liberdade na Vigília especialmente para dar um abraço em todos que ontem (quarta, 27) de mais uma guerreira desta frente diária de batalha que rege a nossa luta e resistência. Em um tempo em que os professores e educadores têm papel decisivo na disputa por um país justo a companheira Lirani fará muita falta. Que seu exemplo nos inspire sempre e que seu legado seja símbolo em torno de um Brasil com justiça social.
Um abraço, Lula”.
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias