Um ano depois das mulheres brasileiras terem ocupado as ruas do País contra a Reforma da Previdência, a deputada Margarida Salomão (PT-MG), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais, avalia que a retirada da proposta da pauta da Câmara é a maior vitória a ser comemorada nesse 8 de março.
“Essa reforma era eminentemente contra as mulheres. Ela vitimiza aquelas que não tem um emprego formal onde a maioria das quais são mulheres, as professoras também sofreriam com essa reforma porque 85% dos profissionais da Educação são mulheres.”
Para Margarida Salomão é muito importante chamar as mulheres para a política. “A saída de pauta da Reforma da Previdência é uma grande vitória, mas por outro lado nós estamos vivendo uma condição muito dura que é a da vigência do orçamento de 2018, o primeiro orçamento dentro da lei do teto dos gastos que congelou por 20 anos os gastos sociais. Não tenho dúvida de que quando é congelado os gastos sociais as grandes perdedoras são as mulheres, e nós temos que ter clareza disso. O Bolsa família por exemplo está reduzida, todos os orçamentos da assistência social e educação prejudica brutalmente as mulheres que tinham se empoderado, que tinham deslizado para um espaço muito mais expressivo na sociedade.”
A deputada enfatiza que hoje a maioria dos alunos das universidades brasileiras são mulheres, graças ao Fies, ao ProUni e expansão do sistema público de educação. “Essa é a luta que nós temos que travar, é dentro dela. Eu não estou falando especificamente de uma causa feminina, eu acho que quando você trata de melhorar a democracia no Brasil as mulheres sempre vencem.”
Por PT na Câmara