A Secretaria Agrária Nacional do PT divulgou nota, nesta sexta-feira (8), em solidariedade às famílias dos trabalhadores sem terra que foram vítimas de um ataque da polícia do Paraná. A ação da Polícia Militar matou duas pessoas e feriu seis em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na quinta-feira (7).
De acordo com o movimento, duas equipes policiais, acompanhadas de seguranças de uma empresa privada, invadiram o acampamento Dom Tomás Balduíno, que fica na região de Quedas do Iguaçu.
A nota, assinada pelo secretário nacional do PT e deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS), denuncia o despreparo dos agentes de segurança do estado e responsabiliza o governador Beto Richa (PSDB) por mais esta tragédia resultante da violência no campo.
A Secretaria de Movimentos Populares do PT também divulgou nota lamentando a violência registrada contra o MST e também a morte do presidente do PT de Mogeiro (PB). Ivanildo Francisco da Silva.
“Vítimas do latifúndio, da criminalização dos movimentos populares, das polícias e governos da direita e da ascensão do fascismo em curso no país, os trabalhadores do campo e da cidade são atacados pelas mesmas elites que hoje conspiram contra a democracia e pelo golpe no Brasil”, diz o texto assinado pelo secretário Bruno Elias.
Leia abaixo as íntegras das notas:
“A Secretaria Agrária Nacional do Partido dos Trabalhadores se solidariza com as famílias sem terras massacradas ontem pela polícia militar no Paraná. Para nós a paz no campo só é possível com justiça social e reforma agrária. O despreparo dos servidores da segurança do estado do Paraná e a ação obscura de seu comandante o Governador Beto Richa de se aliarem ao latifúndio e ao agronegócio, criam mais está tragédia no campo.
Justo no mês que lembramos os mártires que tombaram em Eldorados dos Carajás, há 20 anos, vemos mais uma vez um governo tucano tratar os movimentos sociais do campo e da cidade com truculência, violência e completo desrespeito.
O PT acredita e demonstra, em seus diversos governos, que o diálogo, e não o conflito, é o caminho para a construção de uma nação mais justa e soberana. Por fim, nesta hora tão triste, reafirmamos: Não vai ter golpe, vai ter reforma agrária.
Elvino Bohn Gass
Secretário Agrário Nacional”
“A LUTA É CONTRA O GOLPE, PELA REFORMA AGRÁRIA E PELO DIREITO DO POVO LUTAR
Denunciamos a emboscada de jagunços e policiais que matou dois companheiros e deixou cerca de vinte feridos contra um acampamento do MST no Paraná e o assassinato do militante da reforma agrária e presidente do PT de Mogeiro (PB), Ivanildo Francisco da Silva.
Vítimas do latifúndio, da criminalização dos movimentos populares, das polícias e governos da direita e da ascensão do fascismo em curso no país, os trabalhadores do campo e da cidade são atacados pelas mesmas elites que hoje conspiram contra a democracia e pelo golpe no Brasil.
Esses assassinatos ocorrem num momento grave da vida nacional, de mobilização e resistência dos trabalhadores e movimentos populares. Cientes de que a maior vitima do golpe será a classe trabalhadora, somos chamados a enfrentar com ainda mais força o latifúndio e o fascismo.
Bruno Elias, secretário nacional de movimentos populares do PT”
Da Redação da Agência PT de Notícias