Os agricultores familiares que vêm sofrendo as consequências da estiagem que já dura três anos na Região Sul do país farão protestos nesta quarta-feira (16), das 9h às 16h, nos entroncamentos das estradas federais (BRs) de seus estados.
Eles reivindicam que o governo federal apresente soluções de enfrentamento à quebra de safra de alimentos, que provocou uma grave crise econômica nos quatro estados mais afetados, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Mato Grosso do Sul (MS).
Os organizadores esperam uma grande adesão dos agricultores. Os atos serão na BR116, que liga o Rio Grande do Sul ao Ceará, a BR163, que liga o Rio Grande do Sul ao Pará, na BR 282 que liga Florianópolis (SC) Paraíso também em Santa Catarina e a BR470, que liga Navegantes (SC) a Camaquã (RS).
Os agricultores familiares reivindicam:
A volta do crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), suspenso pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), em novembro passado;
Programa de Bolsa Estiagem Emergencial Alimentar;
Crédito Emergencial Produtivo;
Política Emergencial de Garantia de Produção do Leite na Agricultura, Familiar e Camponesa;
Garantia no Abastecimento de Milho via Conab;
Repactuação de todas as dívidas vencidas ou vincendas em 2022 dos Agricultores Familiares e Camponeses;
Manutenção do PROAGRO como política pública e garantia de recursos orçamentários para sua efetividade;
Continuidade do Seguro Renda e PGPAF como política pública e com recursos públicos;
Zoneamento Agrícola;
Implementação com Urgência da Lei Assis Carvalho II nº 823/2021 e,
Garantia no Abastecimento de Água Emergencial
A Seca na Região Sul do país
O Rio Grande do Sul é o estado mais atingido pela estiagem. São mais de 257 mil propriedades rurais do estado afetadas, deixando famílias em situação de desespero. Sem água para irrigação, com falta de pasto para alimentar rebanhos e somando perdas na produção de várias culturas, os pequenos agricultores sofrem para conseguir pagar as contas básicas e temem os prejuízos a médio e longo prazo.
A falta de crédito aos pequenos agricultores afeta também o Nordeste castigado por enchentes que destruíram a agricultura local. Eles também se queixam do descompromisso do governo federal que os deixa à míngua.
Do site da CUT