Mulheres, trabalhadores rurais e professores são os mais prejudicados pela proposta de reforma da Previdência e devem se mobilizar para garantir seus direitos. O alerta é do advogado Ludimar Rafanhim, que puxou roda de conversa sobre o tema na Vigília Lula Livre na tarde dessa quarta-feira (10). “Essas pessoas precisam reagir e fazer o debate para que, se tivermos que fazer a reforma, que não seja com a retirada de direitos”, afirmou.
A proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ilegítimo ao Congresso Nacional empurra os trabalhadores para a previdência privada, beneficiando bancos em detrimento dos interesses dos cidadãos. A reforma golpista é, na prática, a privatização da Previdência Social, aponta Rafanhim. “Querem se desobrigar e jogar as pessoas para o mercado”, resumiu.
A mobilização política é fundamental para definir o futuro da aposentadoria dos brasileiros. O próximo presidente da República pode retirar a atual proposta, ou impor sua aprovação a toque de caixa. “Temos que garantir a eleição de Fernando Haddad para impedir a aprovação desse projeto”, recomendou.
“O que estão querendo fazer não é uma reforma. Vão destruir a Previdência”, avisa Rafanhim. Segundo ele, a proposta apenas retira direitos dos trabalhadores para resolver problemas de caixa, sem tocar em pontos fundamentais como a cobrança de R$ 500 bilhões em dívidas de empresas.
Além de demorar mais para se aposentar, o trabalhador vai receber valores menores como aposentadoria e benefícios previdenciarios. O trabalhador rural, por exemplo, só vai se aposentar depois de 25 anos de contribuição e não após 15 anos de atividade comprovada, sem necessidade de contribuição. “O valor recebido será 51% da média da renda no período”, exemplifica Rafanhim.
Por Luis Lomba da Agência PT de Notícias