Cem mil trabalhadores e trabalhadoras rurais, coordenados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), suas 27 Federações e mais de 4 mil sindicatos filiados em todo o País, participaram, nesta quinta-feira (16), de uma mobilização nacional em defesa da democracia.
Os manifestantes são contra a reforma da Previdência Social, contra a extinção dos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Previdência Social, e defendem a manutenção do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).
O fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário, incorporado à pasta Desenvolvimento Social pelo presidente golpista Michel Temer, foi classificado pela Contag como um retrocesso para as conquistas da agricultura familiar e da reforma agrária no País. A entidade lembra que o modelo de gestão para políticas públicas agrícolas era referência mundial e será profundamente afetado.
De acordo com as entidades, cerca de 10 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam os prédios do Ministério da Fazenda e do extinto Ministério do Desenvolvimento Agrário. Simultaneamente, nos estados, aconteceram ocupações nas agências e gerências do INSS e em superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
No Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco, por exemplo, os trabalhadores ocuparam centenas de agências e gerências do INSS. Somente nesses estados, mais de 50 mil pessoas foram mobilizadas por seus sindicatos.
Na Paraíba, mais de 1,5 mil pessoas foram à agência da Previdência em João Pessoa, e outras 1,5 mil em Campina Grande. Já na Bahia, os municípios de Barreiras, Juazeiro, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Itabuna também contaram com a manifestação dos trabalhadores.
Os municípios de Maringá e Cascavel, no Paraná, também reuniram centenas de pessoas em frente às agências do INSS locais. Caxias do Sul (RS) também atraiu centenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais contra a perda de direitos.
“Os trabalhadores foram à luta para deixar bem claro que não aceitam nenhum retrocesso em seus direitos e que defendem a reconstituição do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social para que haja espaço amplo e forte para a discussão das políticas públicas de desenvolvimento do campo, da floresta e das águas de nosso País”, afirma um comunicado da Contag.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Contag